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Credibilidade política é a maior das ameaças à economia em 2016

A credibilidade política é a principal ameaça apontada por mais de metade (72%) dos 105 empresários nacionais que participaram na mais recente edição do Barómetro Kaizen, que se propõe a perspectivar o desempenho da economia do País em 2016.

Mais de metade dos empresários inquiridos (51%) acredita que o desempenho vai ser “pior que 2015”, apontando a instabilidade política (65%) e a crise na banca (55%) como outras das principais ameaças à economia. O grau de confiança aproxima-se de terreno negativo (de 0 a 20, a média dos que acreditam no desempenho positivo da economia cai para 10,1), sendo a segunda quebra consecutiva registada. Trata-se do valor mais baixo registado pelo Barómetro Kaizen desde julho de 2013.

86% dos empresários: OE 2016 é “negativo”

O descrédito revelado pelos empresários inquiridos, face ao desempenho da economia durante o ano de 2016, contrasta com a postura evidenciada pelo painel em igual período do ano anterior quando, na primeira edição do Barómetro Kaizen de 2015, quatro em cada cinco gestores acreditava que o desempenho de 2015 seria “melhor que 2014”. Esta inversão de atitude é visível na insegurança quanto à autonomia de financiamento da economia nacional: 86% dos empresários considera que o Orçamento de Estado 2016 é “negativo”. Três em cada quatro dos inquiridos (73%) antevêem que as medidas do OE irão interromper o ciclo de recuperação económica em marcha, distanciando Portugal de um crescimento económico duradouro.

Com o investimento público a manter-se em 2016 como um dos mais baixos em toda a Europa, 76% dos empresários inquiridos avalia como “positiva” a postura do actual Executivo nesta matéria. Para 58%, este desinvestimento é sinónimo de “maiores garantias de execução orçamental”. Por sua vez, 18% justifica a opinião com o facto de “abrir novas oportunidades para o investimento do sector privado”.

Opinião contrária tem 24% dos inquiridos, que defende que o “Estado é um importante motor para o desenvolvimento da economia” e que, perante esta posição, “o investimento fica cada vez mais dependente da iniciativa privada”. O aumento da rentabilidade (66%), a inovação (59%) e a redução do desperdício (48%), são, respectivamente, as grandes apostas dos gestores portugueses traçadas para o ano de 2016.

Eventual Brexit terá impacto negativo em Portugal

Para mais de metade dos empresários inquiridos pelo Barómetro Kaizen (52%), o impacto de uma possível saída do Reino Unido da União Europeia é negativo. O Reino Unido é o quarto maior cliente em Portugal de bens e serviços, pelo que os gestores consideram que a saída da UE será sinónimo de dificuldades acrescidas nas relações comerciais, com impacto visível no volume de exportações.

Perante a ameaça prognosticada por vários analistas internacionais de que 2016 será um ano de cataclismo para o sistema bancário mundial, o Barómetro Kaizen inquiriu os empresários sobre o eventual impacto que tal ameaça poderá ter no plano de negócios das respectivas empresas. 75% dos inquiridos afirma que o seu plano de investimentos se vai manter inalterado. Apenas 25% admite que os seus investimentos previamente definidos no plano poderão ser alterados ou adiados.

O Kaizen Institute – multinacional fundada em 1985, na Suíça, por Masaaki Imai e representada em Portugal desde 1999 – fornece serviços de consultoria para empresas em todo o mundo e está representado em mais de 35 países.

O Kaizen Portugal colabora com empresas sonantes de várias áreas de actividade, como a Sonae, Câmara Municipal do Porto, Grupo Amorim, Infarmed, Unicer ou Hospital de Santo António.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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