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Cooperativa de produtores de bivalves abre loja em Setúbal

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, afirmou hoje, 20 de Dezembro, a importância de ter na região uma organização como a cooperativa de produtores de bivalves Bivalmar, que fornece um “produto de qualidade e com segurança alimentar”.

“Para Setúbal e para a nossa região, é muito importante ter uma organização de produtores que nos merece a confiança de um produto de alta qualidade, que é capturado e que chega às nossas casas com muita segurança em termos alimentares”, disse o autarca na inauguração do Espaço Bivalmar, loja onde a cooperativa vai vender as suas conservas, que passou a comercializar há um ano, localizada junto da lota.

André Martins considerou ainda “fundamental” a ideia da preservação das espécies, sublinhando que “há pouco a fazer” quando “nos distraímos e acabamos por matar a galinha dos ovos de ouro”.

O presidente da Câmara saudou os representantes das várias organizações públicas e associativas presentes na inauguração, salientando a importância destas para a garantia da segurança alimentar e “para salvaguarda da Bivalmar e de todos os operadores” que trabalham na cooperativa, avança uma nota de imprensa da Câmara de Setúbal.

“Estas entidades têm o papel muito importante de acompanhar a Bivalmar e as empresas que a ela estão associadas, no sentido de fazermos um caminho de muita segurança, de confiança e com uma imagem muito importante para a nossa região e para Setúbal em particular”, referiu.

Por sua vez, o administrador da Bivalmar Carlos Pratas assegurou que “a Casa da Baía pode comprovar” que as conservas “são uma delícia”, porque “todos os dias encomenda”, sublinhando que este produto permitiu “aumentar o valor do pescado” da cooperativa. “Estamos no bom caminho. Entrámos noutra fase da cooperativa, com outra força e outra dinâmica”.

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Carlos Pratas revelou que a Bivalmar, que tem sede em Setúbal e é o maior produtor de bivalves do País, compra todo o produto dos seus cooperantes, “ao preço que o dono do barco quer”, para depois o vender, tendo este ano já pagado à lota “cerca de um milhão e meio de euros em compras”, o que é “um grande aumento” relativamente aos anos anteriores.

“Aumentámos os valores e diminuímos a fuga à lota”, disse. “As empresas habituaram-se a cumprir as regras da pesca sustentável. Só vão à pesca se tiverem encomenda, o que faz com que a procura e a oferta sejam iguais, fazem a embalagem a bordo e só podem apanhar determinadas quantidades de cada espécie”.

Segundo o responsável, o esforço que a Bivalmar faz com os seus cooperantes é no sentido de que eles “ganhem consciência” de que o mar é de todos. “Não pode voltar a acontecer o mesmo que em 1997, quando a pesca de bivalves acabou, porque houve um problema ambiental e também excesso de captura”.

Já Pedro Serrote, do gabinete da secretária de Estado das Pescas, Cláudia Monteiro de Aguiar, fez questão de “enaltecer o trabalho que tem vindo a ser feito” pela cooperativa, notando que “o sucesso da Bivalmar é também o sucesso dos seus cooperantes”.

Embora tenha sido criado para comercializar as conservas da cooperativa, o Espaço Bivalmar, cuja inauguração contou com uma actuação do Coro da Mútua dos Pescadores, pretende ser mais do que uma loja, sendo também um local para realização de eventos.

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