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Controlo do lagostim-vermelho-da-luisiana vai ser feito através da pesca comercial

O controlo do lagostim-vermelho-da-luisiana em Portugal continental será efectuado através da captura de espécimes de lagostim-vermelho-da-Luisiana, utilizando métodos de pesca legalmente autorizados. Assim, através do exercício de uma actividade económica, procede-se à redução da pressão desta espécie exótica invasora sobre os ecossistemas naturais, sem a alocação adicional de recursos financeiros públicos, refere uma nota de imprensa do Ministério do Ambiente e Acção Climática.

Relembre-se que a aprovação do plano de acção para o controlo do lagostim-vermelho-da-luisiana (Procambarus clarkii) em Portugal continental, foi publicada em Diário da República a 17 de Setembro.

“Devido à sua posição de charneira biogeográfica, Portugal tem condições de aclimatação de espécies não indígenas. Neste contexto, a proliferação de espécies exóticas invasoras é identificada na Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030 como uma das principais ameaças à biodiversidade”, acrescenta a mesma nota.

Considerando que o lagostim-vermelho-da-Luisiana está incluído na Lista Nacional de Espécies Invasoras e disseminado em grande escala no território continental, tornou-se necessário estabelecer um plano de acção nacional para o seu controlo, realça o Ministério do Ambiente e Acção Climática.

Caberá ao ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas exercer a coordenação, o controle, a vigilância e a monitorização deste plano de acção.

Lagostim-vermelho-da-luisiana

O Procambarus clarkii é um crustáceo decápode originário da área norte do Golfo do México, da Flórida ao Norte do México, onde pode ser encontrado em massas de água de curso lento e em pântanos, podendo também ocupar lagoas e sistemas de rega das culturas de arroz. Adapta-se a sistemas sazonais e tolera períodos de seca prolongados. Também tolera alguma salinidade, explica a Resolução do Conselho de Ministros n.º 133/2021.

O lagostim-vermelho-da-luisiana foi introduzido em Espanha, localmente, com o fim de produção comercial da espécie, mas dispersou rapidamente para toda a Península Ibérica. Independentemente do papel decisivo do ser humano para a sua rápida dispersão, a sua expansão também se deve à sua própria capacidade de mobilidade e dispersão em todas as bacias.

Em Portugal, foi registado pela primeira vez em 1979, no Rio Caia, tendo-se expandido, por dispersão natural e transporte humano, para praticamente todo o território nacional.

É muito resistente quando comparado a outros lagostins, suportando baixos níveis de oxigénio, altas temperaturas (entre 10ºC e 30ºC) e alto grau de contaminação da água.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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2 comentários

  1. Atenção que a foto é de um lagostim-sinal e não de um lagostim-vermelho-da-luisiana

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