AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O secretário-geral da Confagri — Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas, Nuno Serra, reiterou ontem, 9 de Outubro, na Reunião do Comité de Acompanhamento Nacional Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), a oposição da Confederação relativamente aos “drásticos cortes pelo Governo no investimento agrícola”.
Para Nuno Serra, “é simplesmente incompreensível como pode qualquer sector que seja ser competitivo sem investimento”, sendo “mais incompreensível ainda como se pode fazer cortes tão significativos no investimento a um sector como o agroalimentar que para além de insubstituível, contribui positivamente para a economia portuguesa e gestão activa do seu território”.
“De facto, os cortes de 221 milhões de euros no Investimento e Rejuvenescimento, de 181 milhões na Sustentabilidade em Zonas Rurais, as reduções de 55 milhões no Risco e Organização da Produção e, ainda, o corte de 23 milhões de euros no Conhecimento, são para a Confagri abdicar de um futuro mais competitivo e de uma política pública que fomente a produção e o crescimento do sector agrícola”, refere um comunicado de imprensa da Confederação.
Tendo já tornado público que para a Confagri “só é possível crescer, produzir mais com menos, inovar de forma sustentável, garantir a coesão territorial, social e económica do nosso País, apostando em políticas de incentivo ao investimento”, Nuno Serra garante que “se há algo que se está a incentivar com esta Reprogramação é à queda do investimento e ao desinteresse dos investidores no sector agrícola e agroalimentar nacional”, acrescentando ainda que “só é possível contrariar o agravamento do défice da balança comercial e caminhar para a auto-suficiência alimentar com mais investimento no sector agroalimentar”.
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