A direcção da CNA — Confederação Nacional da Agricultura diz que a decisão do Reitor da Universidade de Coimbra de proibir a carne de vaca nas cantinas escolares foi “uma precipitação” e até, um “extremismo” que converge com outras “posições radicais e que, pretendendo ser muito actual, muito “na moda”, afinal, cai já fora de tempo pelo menos no âmbito da produção pecuária”.
“Foi com estranheza crítica, que se recebeu a notícia de que o Reitor da Universidade de Coimbra pretende interditar o consumo de carne de vaca nas cantinas universitárias, já no início do próximo ano de 2020, a pretexto da emissão de anidrido carbónico, CO 2, para a atmosfera e do combate às alterações climáticas”, afirma um comunicado da direcção da Confederação Nacional da Agricultura.
A CNA considera esta anunciada interdição como “uma precipitação do Reitor da Universidade e, é, também, um ataque autocrático ao direito individual de escolha – por parte de cada frequentador das cantinas — da comida para nelas se alimentar”.
Reitor ignora impactos positivos da produção de carne de vaca
Para a Confederação Nacional da Agricultura, aquela decisão é, ainda, uma posição que faz por “ignorar os impactos positivos da produção de carne de vaca para a economia local, regional e nacional, e também para o ambiente e recursos naturais”.
“E, isto, para além das indispensáveis proteínas que fornece a quem come a carne em dose adequada, inclusive no quadro da chamada “Dieta Mediterrânica”. É sabido que, nomeadamente as raças autóctones mas também outras, produtoras de carne de bovino, muito contribuem, nos meios rurais, para fixar populações a produzir bons alimentos e para os agricultores praticarem culturas como prados e silagens, as quais também retiram da atmosfera o anidrido carbónico – CO 2”, realça o comunicado da CNA.
Posição “extremista”
Perante tudo o que efectivamente estará em causa, “estranho será também que toda a Academia da Universidade de Coimbra se reveja nesta posição “extremista” do “seu” Reitor”, frisa o mesmo comunicado.
Aliás, acrescenta a direcção da CNA, em Portugal, a “balança carbónica” constituída pela agricultura e pela floresta, já hoje “dá mais do que “neutralidade carbónica” pois as emissões de CO 2 pela agricultura – pecuária incluída – são inferiores às retenções de CO 2 pela floresta”.
Leite de vaca também?
Espera assim a CNA que a “posição radical” do Reitor da Universidade de Coimbra “não arraste outras Universidades para idênticas posições nesta matéria da interdição do consumo de carne de vaca nas cantinas universitárias e que o “índex” de proibições alimentares não se alargue ao leite de vaca e aos lacticínios dele provenientes”.
Por outra lado,a direcção da Confederação quer que o Reitor da Universidade de Coimbra mande publicar a listagem – com quantidades, ingredientes, origens e locais de compra – dos alimentos e bebidas servidos nas cantinas da Universidade de Coimbra.
“É que, neste âmbito das produções agro-alimentares, uma das formas mais eficazes de se dar combate aos excessos que contribuem para as alterações climáticas, é dar prioridade e dar preferência à produção agrícola familiar, aos produtos regionais/tradicionais, ao abastecimento público em mercados locais e de proximidade”, salienta a CNA.
Agricultura e Mar Actual
É um radicalismo parolo próprio de alguns urbanoides que esquecem as suas origens familiares e se arvoram em educadores dos outros chegando ao ponto de condicionar, a sua dieta alimentar.
Deem-lhes poder…e vão arrepender-se.
Este reitor King Jong, nada teve de magnífico…pois matar o mundo rural, não devia ser a solução!