AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O Grupo Parlamentar do Chega (CH) entregou esta semana, na Assembleia da República, uma recomendação ao Governo para a “utilização de substâncias retardantes no combate aos incêndios florestais, por meios terrestres e aéreos”. Mas, depois dessa recomendação, ficou a saber que “numa visita de trabalho da Comissão de Agricultura e Pescas à Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, (ANEPC)”, no dia 5 de Julho, o presidente daquela autoridade, Brigadeiro-General Duarte Costa, e na presença do presidente da 7ª Comissão de Agricultura e Pescas, deputado Pedro do Carmo, assim como do Chefe do Gabinete da secretária de Estado da Protecção Civil, Pedro Sena, “afirmou que os nossos meios aéreos de combate aos fogos rurais utilizam ‘Caldas Retardantes transparentes’”.
Assim, aqueles deputados entregaram na Assembleia da República uma série de perguntas ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, querendo saber “que tipo de calda retardante foi adquirida nos últimos 3 anos” e “em que quantidades”, quais os fornecedores contratados e qual o número de ocorrências em que foi utilizada nos últimos 3 anos.
Por outro lado, os deputados do Chega querem saber “quais os meios aéreos específicos que estão tecnicamente capacitados a utilizarem calda retardante” e se “esta capacidade faz parte do caderno de encargos de contratação” e “quais os meios aéreos que realmente a usam”.
Para o Grupo Parlamentar do Chega, “desde a desistência há mais de 20 anos da utilização dos Modular Airborne Firefighting System (MAFFS), nos C-130 Hércules da Força Aérea, para o combate indirecto aos fogos florestais, a utilização de Caldas Retardantes no nosso país, apesar do apelo para a sua utilização por diversos especialistas e pelos próprios bombeiros, foi sempre um assunto muito mal explicado”.
E realça que “a importância das caldas retardantes nos combates aos incêndios rurais é significativa e amplamente aconselhada. As caldas retardantes são misturas de substâncias químicas utilizadas para reduzir a velocidade de propagação do fogo e consequentemente auxiliar no controlo e extinção dos incêndios. Esses retardantes são aplicados sobre a vegetação e actuam de diferentes maneiras para minimizar os efeitos do fogo”.
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