O Centro de Competências do Pinheiro-Bravo acaba de disponibilizar a segunda edição técnica sobre a gestão de invasoras lenhosas em pinhal, desta vez dedicada ao “Controlo de acácia-de-espigas em pinhal-bravo”, com o objectivo de compilar a melhor informação técnica e científica disponível sobre o controlo desta espécie, na perspectiva da gestão silvícola.
A espécie invasora acácia-de-espigas (Acacia longifolia) é cada vez mais comum nas áreas florestais, incluindo pinhais, sobretudo os localizados na faixa litoral, embora esta também surja, progressivamente, no interior do País. A sua presença coloca desafios técnicos, operacionais e económicos a gestores e proprietários florestais, avança uma nota de imprensa do Centro Pinus — Associação para a Valorização da Floresta de Pinho.
A edição organiza-se em função das fases de desenvolvimento do pinhal e apresenta estratégias para situações em que a conta de cultura não permite a repetição de várias intervenções, de que é exemplo o recurso ao controlo biológico que começa a demonstrar resultados muito interessantes, realça a mesma nota.
Ainda que esta espécie de acácia possa rebentar de toiça, o principal factor que perpetua a invasão da acácia-de-espigas é o banco de sementes no solo. Isto porque as sementes podem permanecer viáveis durante muitos anos e germinar em massa após perturbações, como o fogo ou mobilizações do solo. Por vezes, os gestores florestais podem, inadvertidamente, contribuir para a introdução da acácia-de-espigas ou para o agravamento da sua presença, e esta edição pretende também alertar para esses riscos
A preparação deste trabalho teve uma metodologia colaborativa, uma vez que além da consulta de documentação, contou com o contributo de vários técnicos, especialistas e investigadores. A autora principal é Carine Azevedo que coordenou os contributos de: Elizabete Marchante, Hélia Marchante, Henrique Reis, Joana Carinhas, Liliana Duarte, Luís Sarabando, Manuel Luís Rainha, Maria Cristina Morais, Rui Batista, Sarah Ferreira e Susana Carneiro.
A produção dos conteúdos desta edição, assim como a dinamização do envolvimento de vários peritos, foi financiada pelo contrato-programa entre o Fundo Ambiental e os Centros de Competências do Sector Florestal, no âmbito do investimento “RE-C08-i05 – Programa MAIS Floresta (Reforço de Actuação dos Centros de Competência do Sector Florestal)” da “Componente C08 – Florestas” do Plano de Recuperação e Resiliência. Este é um projecto gerido pelo Centro Pinus.
Pode consultar a edição técnica sobre “Controlo de acácia-de-espigas em pinhal-bravo” aqui.
A primeira edição desta série, “Controlo de Háquea-picante em pinhal-bravo”, pode ser consultada aqui
O Centro de Competências do Pinheiro-Bravo é um espaço de partilha e articulação de conhecimentos, capacidades, competências e recursos, que congrega agentes económicos da fileira do pinho, entidades do sistema científico nacional e a administração pública. Actualmente não tem personalidade jurídica ou sede física, rege-se pelo seu protocolo de constituição e tem como Equipa de Coordenação o Centro Pinus, o INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
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