O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho defendeu, ontem, 25 de Outubro, no debate sobre os incêndios florestais, no Parlamento Europeu, “a criação de um mecanismo europeu de protecção civil permanente, com recursos próprios para a prevenção e resposta a catástrofes naturais agravadas pelas alterações climáticas”. Para Carlos Zorrinho, os incêndios de Outubro, em Portugal e Espanha, comprovam que “essa acção é muito urgente”.
O eurodeputado entende que a Europa tem o dever, quando as pessoas precisam, de responder de forma solidária: “precisamos de uma União da Defesa, de uma União da Segurança e também de uma União da Protecção Civil”.
Carlos Zorrinho sustenta que “o carácter sistémico daquilo que sucedeu implica uma resposta sistémica, no ordenamento florestal, no combate à desertificação do interior, no reforço da prevenção e na actualização dos dispositivos de protecção e socorro”.
De acordo com Carlos Zorrinho, “o esforço colectivo que cada País afectado terá de fazer para responder às necessidades geradas pelas catástrofes e para impedir a sua repetição tem também de ser complementado com a tradução prática da solidariedade europeia em medidas concretas”.
Sublinhando “a disponibilidade das instituições para accionar de forma ágil os mecanismos de apoio”, o eurodeputado afirmou que a candidatura conjunta de Portugal e Espanha aos fundos de emergência ajudará certamente à prontidão da resposta.
Investimento fora do défice
“A não contabilização do investimento de recuperação e prevenção para efeitos de défice estrutural é uma medida apropriada, inteligente e que deve ser saudada”, considerou Carlos Zorrinho, já que “as instituições europeias têm manifestado consciência do carácter excepcional das condições climáticas que agravaram a dimensão das catástrofes humanas, sociais, ambientais e humanas económicas, provocadas pelos incêndios florestais que ocorreram este verão em Portugal e Espanha”.
O eurodeputado agradeceu, ainda, em nome de Portugal e dos portugueses, o gesto simbólico de doação às vítimas do montante do Prémio Princesa das Astúrias concórdia, atribuído à União Europeia.
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