O volume de capturas de pescado em Portugal, em Maio de 2022, aumentou 18,5% (-29,0% em Abril), justificado pela maior captura de peixes marinhos (nomeadamente carapau e sardinha), bem como de moluscos e crustáceos, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE), no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Julho de 2022.
Às 12.570 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 33.930 mil euros, valor que representou um aumento de 30,6% (+0,7% em Abril).
Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 709 toneladas de pescado, ou seja, um acréscimo de 14,9% (-18,2% em Abril), sobretudo consequência da maior captura de atuns.
Pelo contrário, as 984 toneladas da Região Autónoma da Madeira representaram um decréscimo de 24,1% (+4,9% em Abril), especialmente devido ao menor volume de captura de atuns.
Peixes marinhos
O volume de peixes marinhos capturados a nível nacional foi 10.702 toneladas e teve um aumento de 16,1% (-34,7% em Abril). Para esta situação, contribuiu sobretudo o maior volume de carapau (+63,3%), com 3.621 toneladas, de sardinha (+49,0%), com 3.029 toneladas, devido ao Despacho nº 5126-A/2022, de 29 de Abril de 2022, que determinou a reabertura da pesca da sardinha a partir do dia 2 de Maio de 2022. Aumentou também a captura de peixe-espada (+3,7%), atingindo as 402 toneladas.
Em contrapartida, registaram-se menores quantidades de cavala (-47,1%), com apenas 870 toneladas e de tunídeos (-26,2%), com 990 toneladas capturadas.
O volume de crustáceos (199 toneladas) teve um aumento de 20,0%, devido principalmente ao maior volume de gamba branca, santola, perceve, lagostas e lavagantes e camarões. As 1.664 toneladas de moluscos representaram igualmente um acréscimo de 36,6%, sendo de destacar o maior volume de polvo, pota, lulas, amêijoas, cadelinhas e mexilhão.
Agricultura e Mar