Capoulas Santos quer os produtos que fazem parte da Dieta Mediterrânica nas ementas escolares. Anunciou hoje, 9 de Maio, que em breve o Conselho de Ministros dará novidades sobre este assunto, por exemplo com medidas para estimular os circuitos curtos de comercialização e mercados de proximidade. Para já, adianta que, de Janeiro a Fevereiro, a taxa de crescimento das exportações de fruta cresceu acima dos 15% face ao ano anterior.
O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural presidiu esta manhã à Sessão de Abertura da Conferência Internacional “A Herança Cultural da Dieta Mediterrânica”, uma iniciativa organizada pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural em parceria com a Universidade do Algarve e a Câmara Municipal de Tavira.
Esta conferência marca o ponto alto da presidência rotativa da Dieta Mediterrânica (DM), que é exercida neste momento por Portugal. Além do nosso país, o grupo dos países da DM integra o Chipre, a Croácia, Espanha, Grécia, Itália e Marrocos.
Capoulas Santos explicou que “o Governo procura traduzir nas suas políticas acções e medidas concretas que contribuam para a produção, a comercialização e o consumo de produtos integrantes da DM”, dando nota de que é intenção do Governo “no âmbito da estratégia e do plano de acção para a agricultura biológica, que serão brevemente submetidos a Conselho de Ministros, adoptar um conjunto de medidas, contemplando muitas delas, produtos mediterrânicos, das quais destacaria a sua introdução nas ementas escolares”.
Estimular os circuitos curtos de comercialização
O ministro da Agricultura sublinhou que “o Governo tem em execução medidas que visam criar e estimular os circuitos curtos de comercialização e mercados de proximidade, por forma a escoar pequenas produções de qualidade, preferentemente associadas a denominações de origem, e, ao mesmo tempo defender a pequena agricultura familiar para a qual adoptou já um conjunto de medidas de discriminação positiva”.
Capoulas Santos referia-se ao aumento em 20% dos pagamentos para o regime dos pequenos agricultores e à majoração de 50€/ha para os primeiros 5 hectares de todas as explorações, no âmbito do primeiro pilar da PAC, bem como à elevação para 40 mil euros do montante elegível para apoio ao primeiro investimento nas pequenas explorações, e ao apoio de 200 mil euros para as pequenas industrias transformadoras na ordem dos 50% a fundo perdido (PDR 2020).
O ministro referiu ainda que “a estratégia delineada no que diz respeito à aplicação do regadio, ao reforço da experimentação e da investigação agrárias, e à aposta no rejuvenescimento do tecido empresarial e da agricultura biológica, permite-nos ser responsavelmente optimistas quanto ao futuro”, razão pela qual o Governo espera “alcançar as metas fixadas no sentido de, até 2020, garantir o equilíbrio, em valor, da nossa balança agro-alimentar”.
“No caso das frutas, só nos dois primeiros meses deste ano, a taxa de crescimento das exportações cresceu acima dos 15% face ao ano anterior e no caso do azeite, na última década quadruplicámos a produção e triplicámos as exportações, assistindo-se neste momento a um enorme dinamismo do sector dos frutos secos”, anunciou Capoulas Santos.
Agricultura e Mar Actual