A Câmara Municipal de Montalegre, à luz de um protocolo estabelecido com a Coopbarroso – Cooperativa Agrícola do Barroso, investiu 60 mil euros no incentivo à produção pecuária do concelho (pequenos ruminantes). Ao todo são mais de 60 explorações (com mais de 50 animais, entre 1 a 7 anos, a chamada fase reprodutiva) e perto de 10 mil animais a receberem apoio. O valor pago por cada animal é fixo (6 euros/cabeça) salienta uma nota de imprensa da autarquia.
A sessão protocolar aconteceu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, onde a presidente da Câmara de Montalegre, Fátima Fernandes, referiu: “quero agradecer aos agricultores do nosso concelho. São uns resistentes. Obrigado por continuarem a acreditar na nossa terra. Este apoio da Câmara de Montalegre, somado a muitos outros, é uma maneira de dizer que é possível viver na nossa terra, ter rendimento e sermos felizes. É esta a mensagem que temos de transmitir, principalmente aos jovens”.
E salientou que “a Câmara entendeu alargar este apoio. Neste sentido, as explorações com mais de 50 cabeças já são apoiadas. Futuramente podemos apoiar explorações mais pequenas. Está a ser trabalhado este assunto. Temos que gerir melhor os chamados “ciclos reprodutivos” no sentido de haver rendimento quando há procura”.
Disse ainda que tem reunido com a Coopbarroso “no sentido de desenvolvermos outras actividades partindo da Quinta da Veiga (Montalegre). Temos de colocar este espaço ao serviço de todos nós. (…) A Câmara está aqui para vos apoiar naquilo que vocês entenderem. Nós não vamos ter Património Agrícola Mundial sem vocês, nem turismo sem vocês. Estou muito feliz por ver tanta gente jovem nesta sala”.
Por outro lado, Fátima Fernandes salientou que o concelho tem 2.300 explorações agrícolas e só no ano passado, em matéria de subsídios provenientes do IFAP — Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, “recebemos 15 milhões de euros”.
Por sua vez, o presidente da Cooperativa Agrícola do Barroso, Nuno Sousa, agradeceu o apoio. “Somos um concelho agrícola. 20% da população activa, vive da agricultura. No entanto, 90% da população tem ligação à agricultura. Este dinheiro que recebemos faz todo o sentido. É uma forma de dinamizar a economia local. A Câmara ao apostar nas pessoas, está a seguir o caminho correcto. Não há outro concelho na região que dê tanto dinheiro à agricultura. Somos Património Agrícola Mundial. Isto deve-se aos nossos agricultores”.
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