O cadáver de um cachalote fêmea deu ontem, 29 de Março, à costa na Praia do Pópulo, em São Miguel, nos Açores. O animal, com “cerca de 10 metros de comprimento e peso superior a sete toneladas, encontrava-se em avançado estado de decomposição e não apresentava ferimentos exteriores que pudessem indicar a causa de morte”, refere uma nota do Governo Regional dos Açores.
O Parque Natural de Ilha de São Miguel, em parceria com a Câmara Municipal de Ponta Delgada, procedeu à remoção do animal e a Universidade dos Açores, irá realizar, esta quinta-feira, uma necropsia a fim de averiguar se a causa de morte do cachalote terá sido a ingestão de plásticos.
“A recolha sistematizada de dados científicos aquando dos arrojamentos de cetáceos é um contributo importante para o conhecimento dos fenómenos naturais do meio marinho, à escala regional e global”, adianta a mesma nota.
Rede de Arrojamentos de Cetáceos
A Região tem implementada uma Rede de Arrojamentos de Cetáceos (RACA) que actua nestas situações, sendo coordenada pela Direcção Regional dos Assuntos do Mar e operacionalizada pelos Parques Naturais de Ilha, contando com o apoio de vários parceiros locais e ainda com o apoio científico da Universidade dos Açores.
A RACA, implementada em 1999, tem como objectivos minimizar as possíveis ameaças dos arrojamentos de mamíferos para a segurança e saúde humanas, minimizar a dor e o sofrimento de animais arrojados vivos e obter o máximo de benefícios científicos e educacionais de animais arrojados vivos ou mortos.
Agricultura e Mar Actual