Os caçadores vão fazer vigilância activa da floresta, integrados num protocolo hoje, 1 de Agosto, assinado entre o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e as Organizações do Sector da Caça (OSC) – a Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses, a Federação Portuguesa de Caça e a Associação Nacional de Proprietários Rurais.
Estas organizações abrangem cerca de 5 mil zonas de caça, que cobrem todo o território nacional, diz um comunicado do Ministério da Agricultura, liderado por Luís Capoulas Santos.
Estabelecer a forma de cooperação
O objectivo do protocolo é estabelecer a forma de cooperação destas entidades, cujos associados (2 caçadores por associação) passarão a ter números de telefone registados junto das autoridades, para que os seus alertas sejam reconhecidamente credíveis e permitam uma intervenção mais imediata.
O ICNF fornece os dísticos de identificação para as respectivas viaturas e coletes reflectores com o logótipo da campanha “Cada Caçador, um Vigilante”.
Esta iniciativa, que decorreu na Companhia das Lezírias, contou com a participação do secretário de Estado das Florestas e do ministro da Agricultura, que sublinhou “a importância desta disponibilidade, multiplicadora do exército de vigilantes da floresta e que demonstra o papel importante que os caçadores desempenham na ocupação do território rural”.
Segurança na utilização de maquinaria
A par desta nota, um ministro dirigiu um “forte apelo aos agricultores e aos produtores florestais para que observem todas as condições de segurança na utilização de maquinaria e respeitem escrupulosamente a proibição do uso do fogo”.
Luís Capoulas Santos alertou para as condições meteorológicas que se aproximam rapidamente e que “implicam que todos tenhamos um enorme sentido de responsabilidade nos nossos comportamentos, por forma a conseguir evitar a propagação de incêndios”.
Nessa medida, recorda-se que é proibido:
- Fazer fogo de qualquer espécie;
- Fumar nos espaços florestais;
- Realizar queimas de sobrantes, lixos ou queimadas de matos ou restolhos;
- Lançar balões ou foguetes;
- Fazer barbecues e churrascos;
- Usar quaisquer máquinas florestais ou agrícolas, alfaias de corte ou com qualquer mecanismo que possa produzir faúlhas ou transmitir temperaturas elevadas à vegetação por contacto;
- Usar equipamentos de corte de vegetação ou máquinas de combustão interna sem tapa chamas, nomeadamente na conservação das bermas ou na exploração florestal/agrícola;
- Deitar pontas de cigarro para o chão ou, em particular, pela janela da viatura em viagem;
- Fazer trabalhos de manutenção de máquinas que impliquem corte, soldadura ou qualquer tipo de aquecimento metálico, em espaço rural e em particular nas bermas das rodo e ferrovias.
Alerta e prevenção
Por último, alerta o comunicado do Ministério da Agricultura, “evite estacionar a viatura em locais com ervas secas; ligue para o 112 sempre que detectar uma coluna de fumo que lhe pareça recente; através do 808 200 520 poderá obter informações sobre actividades proibidas.
Agricultura e Mar Actual