O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, sublinhou na segunda-feira, 19 de Junho, concordar com a posição do Ministério da Agricultura de que “não deve haver uma ingerência na autonomia da Região”, mas reiterou que “apoios nacionais, accionados devido a circunstâncias extraordinárias, têm de chegar a todo o País, Açores e Madeira incluídos”.
“Concordo que não deve haver ingerência na autonomia, mas subscrevo de forma firme e determinada que o Estado é para corresponder às necessidades do Estado e que o Governo do País é para governar o País e apoiar, nas medidas nacionais, não só o continente, mas também os Açores e Madeira”, afirmou o governante.
José Manuel Bolieiro falava aos jornalistas após a reunião do Conselho de Ilha das Flores, que encerrou o primeiro de dois dias de visita estatutária à ilha do grupo ocidental, refere uma nota de imprensa do Executivo açoriano.
Sobre a posição do Partido Socialista dos Açores (PS/Açores), o presidente do Governo lamentou a “confusão” existente nas hostes socialistas. “O PS pensa uma coisa às segundas, quartas e sextas e outras às terças, quintas e sábado. Ainda o outro dia aprovou [no Parlamento Regional, numa votação subscrita por todos os partidos] uma resolução a reivindicar a justa aplicação das medidas nacionais a todos os portugueses. Se há confusão ela tem origem no PS”, disse.
O Governo dos Açores reitera a posição de que os apoios em causa, referentes à guerra na Ucrânia e também com o intuito de mitigar o efeito da subida dos preços dos custos de produção, devem ser alargados às Regiões Autónomas, posição que tem também sido defendida pela Federação Agrícola dos Açores.
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