A Fenazeites – Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Olivicultores manifesta a sua “estranheza e indignação” pela falta de aprovação do Acordo Interprofissional, colocado “para apreciação há 8 meses no Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP) do Ministério” da Agricultura pela AIFO – Associação Interprofissional da Fileira Olivícola.
Explica a direcção da Federação, associada da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal, que “a aprovação deste acordo, que engloba uma importante comparticipação financeira para o sector, é de alto interesse económico, uma vez que vai permitir desenvolver e reforçar a capacidade de intervenção da Interprofissional e, consequentemente, dinamizar o sector”.
Promoção no mercado nacional e internacional
“Este acordo sectorial promove o crescimento e a valorização do sector olivícola. As acções que a AIFO se propõe a realizar no âmbito deste acordo sectorial vão aumentar o conhecimento dos consumidores sobre o produto, produzindo um efeito económico positivo no aumento da procura do azeite made in Portugal”, realça a Fenazeites em comunicado.
E salienta que, “por meio de campanhas de informação, sensibilização e promoção, no mercado nacional e internacional, transfere-se para os consumidores o conhecimento sobre as diferentes categorias de azeite e a qualidade conexa, os seus benefícios para a saúde, obtendo-se novos consumidores, fidelizando os actuais e, em suma, favorecendo o aumento de consumo global”.
Para a direcção da Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Olivicultores, “apostando na inovação tecnológica e na investigação, podemos tornar o sector mais competitivo, mas igualmente mais eficiente, ambientalmente mais sustentável e potenciando o seu forte contributo na fixação dos gases com efeito de estufa. A acção investigadora sobre o conhecimento das características nutritivas e saudáveis do azeite aliado à potenciação da pesquisa de novos tipos de embalagens adaptados às exigências dos consumidores são tarefas fulcrais para criar dinâmicas na fileira aproximando o produto ao consumidor”.
Produções anuais superiores a 100.000 toneladas de azeite
Segundo o mesmo comunicado, o sector do azeite nacional tem evoluído exponencialmente a nível de quantidade e qualidade nos últimos 15 anos. Portugal passou de produções médias de 30.000 toneladas para produções superiores a 100.000 toneladas de azeite. “Mas para que se consigam ultrapassar os desafios futuros, há todo um trabalho muito importante a fazer e que consta da proposta de acordo da AIFO”. A Fenazeites “exige, assim, uma rápida resolução deste entrave”.
A AIFO – Associação Interprofissional da Fileira Olivícola tem como foco principal a promoção, investigação e desenvolvimento nacional e internacional do azeite português, a par de “um forte empenho nos temas relacionados com a informação e regulamentação da fileira do azeite, azeitona e seus derivados”. Também outras congéneres europeias, nomeadamente em Espanha, trabalham há vários anos em prol do “desenvolvimento e da promoção dos azeites de Espanha com reconhecido sucesso”.
A AIFO é uma das 4 associações interprofissionais reconhecidas em Portugal e tem como principais membros as maiores organizações representativas do sector do azeite nacional: no sector da produção – Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e de Crédito Agrícola de Portugal (Confagri), Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP); e no sector da transformação e comercialização – Confagri e a Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal.
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