A Syngenta tem uma “aposta estratégica” nos seus tomates snack, com variedades como a Angelle, Nébula, ou Dulcemiel. A empresa está a investir fortemente num programa de I&D para o desenvolvimento de novas variedades, de diferentes cores e com sabores “surpreendentes”. O tomate snack representa já 30% das vendas de tomate em vários países europeus e está a crescer acentuadamente em Espanha.
A apresentação da gama completa dos novos tomates da Syngenta foi feita recentemente em Málaga, Espanha, na jornada “O Reino dos Sabores”, que juntou produtores, técnicos e responsáveis da grande distribuição. Entre todas as variedades de tomate, destacaram-se três: Angelle, Nébula e Dulcemiel. Variedades dadas a conhecer ao nível técnico, mas não só, pois foram elaboradas de forma muito original por três cozinheiros de vanguarda.
Durante a apresentação, o chefe de produto de tomate da Syngenta, Rafael Salinas, recordou que a empresa conta com 5.000 pessoas dedicadas, em todo o Mundo, apenas à investigação e pesquisa e investe 10% da sua facturação anual em investigação. E é com este “enorme potencial” que “se está a desenvolver um ambicioso programa de desenvolvimento de variedades de tomate snack” centrado em três aspectos fundamentais: o sabor, a textura e as cores. A Syngenta garante que os seus tomates snack têm um alto teor de açucares e ácidos orgânicos e mais aroma.
As variedades
A variedade Angelle, com uma cor de vermelho intenso e brillante, pesa cerca de 15 gramas, sendo ideal para consumir como snack. Legume que Rafael Salinas salienta ter uma boa conservação, imprescindível para a exportação.
Quanto ao Nébula, um tomate cherry redondo, vermelho intenso, com 30 a 35 mm de diâmetro e 20 a 25 gramas de peso, tem uma especial combinação de teores em açúcares (11-12%) e ácidos orgânicos, sendo um tomate com muitas possibilidades culinárias.
Por último, foi apresentada a variedade Dulcimiel, um tomate verde e doce, com forma oval e um peso entre 18 e 20 gramas, que tem entre 12 e 14% de açúcares.
Todas estas variedades são já comerciáveis e estão destinadas ao cultivo protegido, mas dedicadas a um tipo de produtor muito profissional, que não só cuide da produção na estufa, mas que tenha também uma estratégia comercial bem definida para chegar a este segmento especializado do mercado.
David Bodas, responsável da Syngenta para as relações com as cadeias alimentares em Espanha, Portugal e Itália, também esteve nesta apresentação e falou das tendências do mercado e de como o tomate snack tem crescido de forma exponencial nas grandes superfícies nos últimos dos anos.
Em países como o Reino Unido e Alemanha, um terço do volume de tomate consumido já corresponde a esta tipologia e “está claro que uma parte dos consumidores, preocupados com o que comem e com poder aquisitivo, elegem estes tomates por comodidade, sabor, qualidade e outros aspectos de vida saudável e gastronómicos”, referiu David Bodas.
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