A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, presidiu à assinatura do auto de consignação da infra-estrutura de transformação, depósito e valorização de bivalves do Rio Tejo, no Barreiro.
A amêijoa, nomeadamente a ameijoa japonesa, é um recurso importante para um elevado número de apanhadores no Estuário do Tejo, mas devido ao teor bacteriológico das águas, só pode ser consumida após cozedura ou transposição prolongada.
Assim, esta unidade vai permitir organizar o depósito e depuração de bivalves do Rio Tejo, assegurando a necessária segurança alimentar.
Regular a apanha da amêijoa japonesa
Além da construção desta unidade, o projecto visa regular a apanha da amêijoa japonesa no Estuário do Tejo e a sua comercialização em condições de adequada salubridade.
A construção da unidade estará concluída no fim do verão, sendo constituída por três módulos: depósito de bivalves vivos, unidade de transformação e sistema de valorização e unidade de depuração.
Mar 2020
Segundo a área de Governo do Mar, o investimento total será de 2,36 milhões de euros, dos quais 1,34 milhões de euros se destinam à infraestrutura e 920 mil euros a equipamentos. O projecto tem uma comparticipação do programa Mar 2020, de 1,05 milhões de euros.
A ministra do Mar disse que a futura Bivalor terá vantagens de várias naturezas, como proteger o ambiente e a saúde pública, sobretudo pela regulação actividade dos mariscadores.
“As cerca de 1.500 pessoas que praticam a actividade, muitas delas de forma ilegal, podem continuar a fazê-lo, mas de forma legal, com as licenças respectivas. O seu produto pode ser tratado nesta unidade, pode servir para alimentação humana ou criar subprodutos com valor acrescentado”, referiu.
Actualmente, dos cerca de 1.500 apanhadores de bivalves, apenas cerca de 200 têm licença atribuída.
Agricultura e Mar Actual