AIP leva empresas à Feira Internacional de Argel de 28 Maio a 2 Junho

A Fundação AIP quer levar empresários portugueses à 49ª Feira Internacional de Argel, que ocorrerá de 28 de Maio a 2 de Junho. Pode fazer a pré-adesão aqui.

A FIA – Feira Internacional de Argel é uma feira multi-sectorial anual, que constitui o maior evento comercial com dimensão internacional na Argélia. “Apresentando-se como uma ocasião propícia para consolidar presenças estabelecidas e acolher novas empresas de sectores de actividade especialmente vocacionados para o mercado, é ainda um importante meio de contacto com os clientes argelinos”, diz a Fundação AIP.

A presença de Portugal na FIA é já tradicional e em 2015 o Pavilhão de Portugal contou com a participação de 16 empresas portuguesas. De mencionar que esta edição, teve a participação de 37 países, num total de 1.045 expositores (592 empresas estrangeiras e 453 argelinas).

A Argélia

A Argélia é um dos Estados que compõe a região do Magrebe, e em termos de dimensões é o 9º maior Estado do Mundo, e o maior do Continente Africano, com 39,5milhões de habitantes (Office Nationale des Statistique – Argélia), ocupando uma área onde se encontram algumas das maiores reservas de gás natural e de petróleo mundiais.

O território argelino é bastante heterogéneo. A Norte, distingue-se uma zona costeira de 1.200 km banhada pelo mar Mediterrâneo, onde se concentram nos centros urbanos 65 % da população. É nesta zona que se encontra situada a capital do País (Argel com cerca de 5 milhões de habitantes), assim como os principais centros comerciais e industriais. A Sul, o deserto que ocupa cerca de 2/3 do país A Este faz fronteira com a Tunísia e a Líbia, a Sudeste é limitado pelo Saara ocidental e a Mauritânia, e a Oeste faz fronteira com Marrocos. A proximidade geográfica entre Portugal e Argélia faz com que a sua capital, Argel, se situe a apenas 2 horas de voo de Lisboa, com seis voos semanais assegurados pela TAP e pela Air Algérie.

A estrutura económica argelina é pouco diversificada e sujeita a um forte controlo estatal, sendo que o sector dos hidrocarbonetos (petróleo e gás) representa cerca de metade do PIB nacional e compõe mais de 95% das exportações do país que, em 2013, terão sido responsáveis por 62% da receita fiscal total do Estado.

No plano macroeconómico, o governo argelino procura desenvolver a economia recorrendo a uma política concertada de grandes investimentos, tendo por base planos quinquenais de crescimento e investimento púbico para o desenvolvimento de grandes projectos. O plano quinquenal de investimento público previsto para o período 2015-2019, dotado de um envelope financeiro de cerca de 260 mil milhões de USD, terá como sectores estratégicos o desenvolvimento das infraestruturas públicas, a agricultura e o agro-alimentar, a indústria, a energia e o turismo, assim como todos os domínios de natureza social.

Saliente-se que em termos de risco à exportação, actualmente a Argélia é dos países mais seguros pois, por imposição legal, todos as importações têm de ser tuteladas por um crédito documentário (Carta de crédito irrevogável ou CAD). Portanto, para o exportador não há qualquer risco se confirmar a carta de crédito.

Exportações portuguesas ganham peso

A Argélia tem vindo a ganhar importância no contexto das exportações portuguesas Os dados relativos aos 11 primeiros meses de 2014 são reveladores do dinamismo da relação económica e comercial entre os dois países e demonstram que, ao nível das exportações, a Argélia constitui o 13º maior cliente de Portugal, com uma quota de 1,2%, o equivalente a 538,6 milhões euros. Como fornecedor a Argélia ocupa o 14º lugar, com uma quota de 1,2% e 675,1 milhões euros de importações.

Os bens de equipamento e os produtos intermédios assumem uma posição de destaque na estrutura das nossas exportações para a Argélia. Face ao exposto, o vasto conjunto de oportunidades que o mercado argelino oferece actualmente às empresas portuguesas centra-se nomeadamente nas seguintes áreas:
· Agro-alimentar;
· Materiais de construção;
· Serviços de engenharia e consultoria;
· Construção e obras públicas;
· Projectos de construção residencial e hotelaria;
· Projectos de equipamentos de saúde, incluindo produtos farmacêuticos e médico
hospitalares;
· Formação profissional (mecânica/eléctrica/turismo/saúde/TI’s);
· Manutenção industrial (em geral);
· Indústria petrolífera (fornecimentos/manutenção/serviços) e manutenção industrial
(em geral);
· Equipamentos públicos;
· Sistemas de distribuição de energia e água;
· TIC’s.

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