A Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal acaba de publicar a “Ficha de Mercado do Peru” (Janeiro de 2016), na qual faz uma análise da economia peruana, das relações económicas bilaterais e das condições de acesso ao mercado, apresentando também um conjunto de informações úteis para exportadores e investidores nacionais.
O Peru teve uma assinalável mudança estrutural nas três últimas décadas, crescendo, na última destas, a uma taxa média anual de 5,9%, o que o posicionou, em 2016, como a 7ª maior economia e o 4º país em superfície e população da América Latina.
Das exportações do Peru, mais de 50% são de minérios e minerais vários, 21% de bens alimentares e 12% de combustíveis minerais. Por sua vez, as importações peruanas são compostas de bens finais e intermédios, em que as importações de maquinaria representam cerca de 25% do seu valor total.
O mercado peruano tem ainda uma importância relativamente modesta para a economia portuguesa. Em 2016, o Peru posicionou-se como 65º cliente de Portugal, absorvendo 0,06% do valor global das exportações; e como fornecedor, situou-se na 78ª posição, representando 0,04% do total das aquisições portuguesas no estrangeiro.
Nesse ano, as exportações portuguesas para o Peru concentravam-se em três grupos de produtos – pastas celulósicas e papel, máquinas e aparelhos e metais comuns –, representando cerca de 66% do valor global exportado para aquele mercado. Quanto às importações, o seu grau de concentração superou o das exportações, uma vez que 94% do valor global importado, em 2016, diz respeito a três grupos de produtos – agrícolas (39%), metais comuns (36%), e químicos (19%).
Oportunidades de negócio
“Prevê-se que, em 2017, o Peru seja uma das economias da América Latina (juntamente com o Chile) que apresenta maiores oportunidades de negócio, resistindo à volatilidade global devido a três factores-chave: um mercado interno significativo, uma demografia favorável à expansão da classe média e políticas orientadas para a estabilidade institucional (como já assinalado). O investimento em infra-estruturas impulsionará os sectores da construção e do retalho, tornando-os dos mais dinâmicos da economia”, salientam os analistas da Aicep.
Quanto ao relacionamento do Peru com a União Europeia, é de salientar a aplicação provisória do Acordo comercial celebrado entre as partes desde 1 de Março de 2013, nomeadamente no que respeita à eliminação/redução dos direitos aduaneiros cobrados aquando da entrada dos produtos comunitários no mercado.
O documento pode ser consultado aqui.
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