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Aicep publica Ficha de Mercado de Marrocos

A Aicep acaba de publicar a “Ficha de Mercado de Marrocos” (Setembro de 2016), a qual faz uma análise da economia marroquina, das relações económicas bilaterais e das condições de acesso ao mercado, apresentando também um conjunto de informações para exportadores e investidores nacionais.

Com cerca de 34 milhões de habitantes, dos quais 53,3% tem menos de 30 anos, Marrocos caracteriza-se por ter uma maior estabilidade política, social e económica face a outros países da região. As reformas económicas introduzidas ao longo dos últimos anos, a crescente abertura ao exterior, o assinalável investimento em infraestruturas e a aposta num conjunto de sectores considerados estratégicos para o desenvolvimento e modernização do país (energia, agricultura, indústria e turismo), mudaram de forma muito positiva a face económica do país, que se traduziu numa notável evolução do sector financeiro, dos serviços e da indústria.

Macroeconomia estável

Dispondo de uma situação macroeconómica estável, de boas perspectivas de crescimento (com taxas de crescimento do PIB superiores a 3% nos próximos anos) e tratando-se de um mercado próximo e de dimensão considerável, Marrocos apresenta um leque de oportunidades que tornam o país muito atractivo para as exportações e o investimento portugueses.

“De facto, Marrocos representa um importante mercado para o comércio internacional português de bens, posicionando-se, em 2015, no 11º lugar no ranking de clientes (4º fora do espaço europeu). As transacções comerciais entre os dois países são tradicionalmente favoráveis a Portugal, com as exportações portuguesas a apresentarem, no período 2011-2015, um crescimento médio anual de 18,6%, atingindo 682,7 milhões de euros no último ano. Também o número de empresas portuguesas envolvidas na exportação de bens para Marrocos tem vindo a aumentar, tendo sido registadas 1 239 empresas em 2015”, afirmam os analistas da Aicep.

O crescente interesse pelo mercado é “igualmente confirmado pelo conjunto significativo de firmas portuguesas instaladas no mercado marroquino, sendo de notar o reforço da tendência para o incremento das pequenas e médias empresas (PME) nacionais em detrimento das grandes empresas”, adianta a Aicep.

Em termos sectoriais, a presença nacional é cada vez mais diversificada. Para além da fileira da construção (construção e obras públicas e materiais de construção), constata-se de forma crescente, a presença de empresas nas áreas da consultoria e engenharia, confecção, indústria farmacêutica, energia, agro-indústria e serviços, assim como no sector automóvel.

O legado decorrente do aprofundamento das relações entre a União Europeia (UE) e Marrocos, de que o Acordo de Associação Euro-Mediterrânico “é exemplo vivo, oferece às empresas perspectivas de desenvolvimento da sua actividade no mercado marroquino”, garante a agência estatal.

Em Março de 2013 iniciaram-se as negociações entre as partes com vista à celebração de uma Deep and Comprehensive Free Trade Area (DCFTA) que visa introduzir uma dimensão mais ambiciosa no relacionamento entre Marrocos e a UE, regulando áreas como os serviços, o investimento, a contratação pública, a propriedade intelectual e almejando uma integração gradual da economia marroquina no Mercado Único europeu ao nível da regulamentação técnica e qualidade dos produtos, medidas sanitárias e fitossanitárias.

Pode consultar o documento aqui.

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