A Aicep diz que o “aumento significativo” das importações colombianas de azeite “abre oportunidades para os fornecedores portugueses”.
A Síntese Sectorial de Mercado de Azeite na Colômbia, da Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, agora editada, inclui uma breve caracterização do mercado colombiano de azeite, nomeadamente relações comerciais internacionais, países fornecedores e outra informação económica e regulamentar relevante.
Segundo aquela análise, Portugal não exportou azeite para a Colômbia em 2010. Em 2013 exportou 35 mil euros e em 2014, ficou-se pelos 23 mil euros, assumindo-se como o sexto fornecedor neste último ano, com uma quota de mercado ainda pouco expressiva de 0,15%.
Entre 2011 e 2014, as importações colombianas deste produto a Portugal cresceram 22,7%.
A expansão económica da Colômbia, com crescimentos anuais do produto interno bruto (PIB) superiores a 4% entre 2010 e 2014, e reflexos directos no aumento do rendimento disponível das famílias, deverá acentuar-se nos próximos anos. O EIU – Economist Intelligence Unit perspectiva o reforço desta tendência, com aumentos médios anuais na ordem dos 4,5% até 2019.
Num contexto de aumento do consumo privado, as vendas de azeite duplicaram entre 2010 e 2014, atingindo 15,6 milhões de euros neste último ano.
Neste país, que não produz azeite, predomina o proveniente de Espanha (66% em 2014). “Portugal têm ainda uma importância marginal (0,1%), pelo que existe um forte potencial de crescimento para a oferta nacional”, afirmam os analistas da Aicep.
De acordo com os dados do ITC – International Trade Centre, em 2014, a Colômbia foi o 32º maior importador mundial de azeite, com um peso de 0,3% nas importações mundiais. Embora com uma posição modesta, é de salientar que as importações colombianas de azeite cresceram bastante acima das importações mundiais do sector no período 2010-2014: taxa média de variação anual de mais 20,6% face a mais 6,7%.
Em 2014, as importações de azeite aumentaram 15,1% face a 2013, atingindo mais de 15 milhões de euros, com um valor médio de 3,33 euros por litro. Apesar da expectativa de manutenção da tendência de crescimento das importações de azeite, “será de recordar que a Colômbia continuará a ser um mercado de dimensão muito reduzida, dado o consumo de óleos alimentares ser satisfeito por produtos alternativos locais”, salienta a Aicep.
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