A AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal e a ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica alertam os operadores económicos dos estabelecimentos de restauração, bebidas e similares para uma especial atenção ao cumprimento das regras de segurança alimentar durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza em Lisboa entre 1 e 6 de Agosto.
Na sessão de esclarecimento conjunta, realizada esta quinta-feira, 20 de Julho, no Fórum Picoas, em Lisboa, a AHRESP e a ASAE receberam empresários do sector com o objectivo de relembrar os procedimentos obrigatórios para garantir a qualidade das refeições e a segurança alimentar a todos os participantes do megaevento, que deverá reunir cerca de um milhão e meio de pessoas, entre peregrinos inscritos e não inscritos.
A rede de alimentação específica da JMJ, que contou com o contributo da AHRESP na sua angariação, tem um total de 1.560 estabelecimentos de restauração qualificados, e irá servir cerca de 2,5 milhões de refeições (almoços e jantares) aos 345 mil peregrinos inscritos e que adquiriram o pacote com alimentação.
Rede de alimentação da JMJ
Sendo certo que o elevado afluxo de clientes não se vai verificar apenas nos estabelecimentos aderentes à rede de alimentação da JMJ, os alertas da AHRESP e da ASAE destinam-se a todos restaurantes e similares que vão disponibilizar refeições aos visitantes durante a JMJ, mas também nos dias que antecedem o evento que já vão contar com a presença de milhares de peregrinos em Lisboa e arredores, referem aquelas organizações em nota de imprensa.
Na abertura da sessão de esclarecimento, o inspector-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, destacou a necessidade de antecipar os problemas que vão surgir num evento de dimensões sem precedentes em Portugal.
Por seu lado, a secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, alertou para as dificuldades de mobilidade, agradecendo à entidade de fiscalização toda a colaboração que tem dado à associação e ao sector no trabalho de sensibilização e prevenção sobre segurança alimentar.
A informação técnica da sessão de esclarecimento, que esteve a cargo de Filipa Faria, médica veterinária da Unidade Regional Sul da ASAE, pode ser consultada aqui.
Na sessão conjunta entre a AHRESP e a ASAE, Pedro Portugal Gaspar, inspector-geral da ASAE disse que “temos a percepção de que há sempre situações imponderáveis que vão acontecer. Penso que nunca tivemos uma operação desta natureza em Portugal, com tanta gente e em tantos dias, numa altura do calendário difícil. Isto significa que a ASAE vai ter de exercer a sua acção de fiscalização no terreno, tal como o faz ao longo do ano. O nosso objectivo é sempre prevenir e antecipar os problemas, que é a melhor forma de os resolver. Podem contar com a ASAE porque queremos estar sempre do lado da solução”.
Já Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, referiu que “temos desafios e grandes preocupações, nomeadamente com a mobilidade, com os abastecimentos, com os picos de procura nas mesmas horas, com a falta de trabalhadores e com as prováveis elevadas temperaturas, mas acredito que com o profissionalismo e a grande capacidade do sector vamos superar com sucesso mais esta etapa. E quem vier, vai com toda a certeza querer voltar e trazer as suas famílias para visitar o nosso País”.
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