A sessão da COP28 no Pavilhão de Portugal, no seu quarto dia, promovida pela AGIF — Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais e co-organizada com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), “serviu para divulgar boas práticas de governança de incêndios, que permitem reduzir emissões e assegurar o sequestro de carbono”.
A intervenção de Tiago Oliveira, presidente da AGIF, “deixou claro que as medidas de supressão e tecnológicas têm uma aplicação limitada, sublinhando a urgência em gerir activamente o território através de mais silvicultura, fogo controlado e silvopastorícia”, refere um comunicado de imprensa daquela Agência.
“Em Portugal, o sucesso conseguido nos últimos 6 anos, coloca desafios políticos e de gestão, para que se mobilizem as instituições e privados a executar com escala as acções de prevenção, que terão um impacto positivo no alcance das metas climáticas”, acrescenta o mesmo comunicado.
E adianta que o quadro internacional de referência para a governança do fogo rural, apresentado por João Carlos Verde, é “um instrumento que serve novos países que enfrentam o desafio dos incêndios rurais, e convida todos os outros a verificar a necessidade de mudança, e tem por base princípios e orientações para gestão do risco e envolvimento de todas as partes interessadas, comunicando com os cidadãos”.
No mesmo dia, seguiram-se a intervenção de Amy Duchelle (FAO) que introduziu o público ao Global Fire Management Hub, que segue o quadro de referência internacional apresentado pela AGIF, visando contribuir para uma abordagem multifacetada da gestão do fogo.
A sessão incluiu também uma apresentação de Ane Alencar (IPAM) sobre MapBiomas, uma rede de instituições dedicada à recolha de dados sobre cobertura e uso da terra, exemplo do envolvimento das comunidades, conforme defendido no quadro de referência internacional.
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