A Secretaria Regional do Mar e das Pescas dos Açores, em articulação com as entidades competentes, vai reforçar as medidas de vigilância e fiscalização da comercialização ilegal da venda de chicharro, de modo a minimizar os efeitos da economia paralela que se tem vindo a registar, particularmente na Ilha de São Miguel.
Segundo uma nota de imprensa do Executivo açoriano, os pescadores que se dedicam à captura do chicharro “estão a confrontar-se com a não venda desta espécie descarregada em lota, essencialmente devido à fuga à lota, motivando uma profunda desregulação do mercado, provocando um desequilíbrio e limitações ao normal escoamento do chicharro”.
Garante a mesma nota que a Secretaria Regional do Mar e das Pescas tem vindo a acompanhar a situação, tendo mantido contactos permanente com os armadores dos “chicharreiros”, em Rabo de Peixe, para auscultar e procurar soluções para a resolução do problema.
“De imediato, serão reforçadas as medidas de fiscalização da comercialização do chicharro, através da Inspecção Regional das Pescas, GNR, Polícia Marítima e Inspecção Regional das Actividades Económicas, por forma a combater a fuga à lota”, realça o Governo Regional.
Em análise estão igualmente algumas propostas suscitadas pelos armadores, entre as quais um maior controlo sobre as caixas do pescado e a presença de um observador a bordo das embarcações.
Desde o passado dia 1 de Novembro de 2021 e até à presente data, foram descarregados em lota 20.176,90 kg de chicharro, dos quais apenas 13.494,50 kg foram vendidos, sendo o valor restante rejeitado para aterro ou entregue a instituições de solidariedade social. Na Ilha de São Miguel existem 13 embarcações licenciadas para a captura do chicharro.
Agricultura e Mar Actual