A Secretaria Regional da Agricultura e Florestas dos Açores, através da Direcção Regional dos Recursos Florestais, informa que a partir de domingo, 8 de Novembro, será reaberta a caça ao coelho-bravo nos concelhos da Povoação e do Nordeste, em São Miguel, face ao aumento do número de animais verificados e considerando que está terminado o surto da nova variante do vírus da Doença Hemorrágica Viral (DHV) detectada em Agosto naquela zona da ilha.
A alteração ao calendário venatório para a Ilha de São Miguel “permite proceder ao ajustamento da pressão de caça prevista para o coelho-bravo, uma vez que, de acordo com os resultados da monitorização realizada mensalmente pelos Serviços Florestais, estão a aumentar os níveis de abundância desta espécie, que deve ser controlada para evitar prejuízos nas culturas agrícolas ou até na flora endémica”, realça uma nota de imprensa do executivo açoriano.
Após reunião do Conselho Cinegético da Ilha de São Miguel, foi decidido permitir uma maior pressão da caça sobre o coelho-bravo, o que se verificará até ao final do mês de Janeiro, considerando que o regime jurídico de gestão dos recursos cinegéticos e do exercício da caça na Região prevê que, tendo por base estudos desenvolvidos no âmbito da ecologia e biologia das diferentes espécies cinegéticas nos Açores, o período venatório para o coelho-bravo possa ser estabelecido do mês de Agosto ao mês de Janeiro, sem que sejam afectados os seus estádios de reprodução e de dependência.
Caça do nascer ao pôr do sol
Para além disso, foi decidido também autorizar a caça desde o nascer ao pôr do sol e aumentar de três para quatro peças de caça por caçador.
Os calendários venatórios são instrumentos dinâmicos que permitem que os níveis de pressão da caça sobre as diferentes espécies cinegéticas possam ser ajustados em prol de um equilíbrio que permita a exploração da caça de forma sustentada e equilibrada, considerados todos os aspectos que envolvem o exercício da actividade cinegética e a preservação do meio em que as espécies cinegéticas ocorrem.
Agricultura e Mar Actual