A Direcção Regional de Estatística da Madeira informa que, no domínio da pesca, os dados fornecidos pela Direcção Regional de Pescas mostram que o ano de 2024 foi caracterizado por um decréscimo de 25,2% nas quantidades capturadas de pescado, com o total anual a cifrar-se em 3,5 mil toneladas. No que se refere ao valor de primeira venda, este também registou uma queda (-8,2% face a 2023), tendo o acumulado anual se situado nos 16,7 milhões de euros.
A evolução negativa observada nas quantidades deveu-se, fundamentalmente, ao decréscimo verificado nas capturas de atum e similares (-56,9%), embora as quantidades de cavala e de chicharro também tenham diminuído (-51,5% e -60,2%, respectivamente). Por outro lado, as capturas de peixe-espada preto registaram um aumento de 8,5% relativamente ao ano anterior.
O peixe-espada preto foi a espécie mais abundante em 2024, totalizando 2 299,5 toneladas (65,4% do total de pesca descarregada), seguido do atum e similares, com 885,9 toneladas (quota de 25,2%). Em termos de receita na primeira venda, o peixe-espada preto registou um aumento de 14,7% face a 2023, totalizando 11,4 milhões de euros, enquanto o atum e similares diminuiu significativamente em 44,4% para um valor de 3,5 milhões de euros, adianta aquela Direcção Regional.
Em 2024, o preço médio de pescado apurado na primeira venda (excluindo-se nestes cálculos o pescado descarregado destinado a autoconsumo) cresceu 22,9%, para 4,83€ (3,93€ em 2023), atingindo, no caso do peixe-espada preto, os 5,05€ (4,79€ em 2023) e, no do atum e similares, os 4,01€ (3,10€ em 2023).
Aquicultura
Quanto à produção da aquicultura, diminuiu, mas valor de vendas aumentou. De acordo com a informação recolhida pela Direcção Regional de Estatística junto das empresas de produção de aquicultura na Região, em 2024, foram produzidas 1.362,0 toneladas de dourada, -2,4% que em 2023. Por sua vez, as vendas rondaram os 8,5 milhões de euros, crescendo 6,6% face ao ano anterior.
Por mercados, observa-se que 87,1% do valor de vendas diz respeito ao mercado nacional (continente e Açores) e apenas 12,9% ao mercado regional.
Agricultura e Mar