A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária acaba de publicar o Plano de Contingência referente à praga prioritária Bactericera cockerelli (Sulc).
A Bactericera cockerelli (Hemiptera: Triozidae) é uma praga das culturas de solanáceas, como por exemplo tomate, batata, beringela, entre outras. Este insecto provoca danos directos através da sua alimentação (armadura bocal sugadora) e é também vector do agente patogénico bacteriano Candidatus Liberibacter solanaceaerum (Lso), que provoca a doença “zebra chip” na cultura da batata.
A “Zebra chip” é uma doença emergente e prejudicial que produz sintomas na superfície das folhas, semelhantes aos do psilídeo amarelo, mas também faz com que os tubérculos desenvolvam um padrão de estrias, que fica mais evidente ao fritar as batatas. Este sintoma está na origem do nome dado à doença de zebra chip, avança o Plano de Contingência.
Actualmente a B. cockerelli não está presente na União Europeia, no entanto, a sua introdução na região da OEPP levaria a graves consequências económicas, especialmente se transportasse consigo um haplótipo de Lso não europeu. Este insecto também poderia transmitir eficazmente a plantas solanáceas haplótipos que se encontram presentes na Europa com baixa incidência (haplótipos C e E já foram detectados várias vezes na cultura da batata na Europa).
Com este Plano de Contingência para Bactericera cockerelli, a DGAV pretende agregar informações sobre as funções, as responsabilidades e as prerrogativas das entidades envolvidas na execução do plano, em caso de confirmação ou suspeita da presença da praga; a cadeia de comando e os procedimentos para a coordenação das medidas tomadas pelas autoridades competentes, por outras autoridades públicas, por organismos delegados ou pessoas singulares envolvidas, bem como por laboratórios e operadores profissionais.
Estão ainda presentes as medidas a tomar quanto à informação e divulgação a fornecer no que se refere a uma eventual presença da praga e às medidas de combate; as medidas de gestão do risco; os princípios aplicáveis ao estabelecimento de áreas demarcadas; as metodologias para os exames visuais, a amostragem e as análises laboratoriais; e os princípios relativos à formação do pessoal das autoridades competentes e, conforme o caso, dos organismos, autoridades públicas, laboratórios, operadores profissionais e outras pessoas relevantes.
Pode consultar o Plano de Contingência Bactericera cockerelli (Sulc) aqui.
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