Os analistas da corretora XTB esperam que, nas matérias-primas agrícolas, as tarifas comerciais poderão influenciar a procura em 2025, com o México e a China possivelmente a reduzirem as importações de milho, soja e trigo dos EUA, enquanto novos acordos comerciais poderiam impulsionar os mercados.
A curto prazo, o café e o cacau podem manter a tendência, de alta, devido às incertezas da produção, mas a divulgação dos dados finais das colheitas pode levar a operações de venda para realizar lucros, acrescentam aqueles analistas.
Segundo uma análise da XTB ao comportamento das principais matérias-primas em 2024 e perspectivas para 2025, o próximo ano será marcado por um conjunto de decisões geopolíticas que irão influenciar o mercado. O petróleo poderá atingir os 50-60 dólares devido às baixas perspectivas de crescimento económico e a um potencial excesso de oferta, caso a OPEP+ volte a aumentar a produção. Isto poderia provocar uma pressão descendente nos preços globais o que ajudaria os Bancos Centrais a atingir os níveis de inflação pretendidos.
Quanto ao ouro e a prata, têm potencial de valorização, mas dependem das decisões da Reserva Federal dos Estados Unidos sobre as taxas de juro. O mercado está a acompanhar de perto as potenciais mudanças de política na futura presidência de Donald Trump, particularmente no que diz respeito às políticas fiscais e comerciais.
As tensões em curso na Europa e no Médio Oriente continuam a apoiar a procura de moeda de refúgio, contudo, uma resolução duradoura dos conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente poderia reduzir o prémio de risco do ouro em 10-20%. O Goldman Sachs posicionou o ouro entre o seus principais activos para 2025, projectando que os preços atinjam os 3.000 dólares por onça até ao final do ano. O UBS mantém uma posição igualmente optimista com um objectivo de 2.900 dólares, recomendando uma afectação de 5% da carteira, realça a mesma análise.
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