A proposta de referendo para a abolição das touradas, entregue na Assembleia da República pela deputada única do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês de Sousa Real, foi chumbada hoje, 4 de Outubro, no Parlamento, com os votos contra do Chega, CDS-PP, Iniciativa Liberal, PSD, PS e PCP e a abstenção de 3 deputados do PS.
“Neste projecto, propusemos a realização de um referendo nacional para que a população pudesse decidir directamente sobre a abolição das touradas, um tema que cada vez mais divide a opinião pública. Infelizmente, a proposta foi rejeitada”, lamenta Inês de Sousa Real.
Mas, “apesar desta rejeição” a deputada única do PAN diz estar convicta de que “a maioria da população portuguesa se opõe a este espectáculo violento e retrógrado, como demonstrado por várias sondagens. A luta continua e acreditamos que, mais cedo ou mais tarde, os direitos dos animais prevalecerão”.
No seu Projecto de Resolução 293/XVI/1, escrevia Inês de Sousa Real que “em Portugal, depois de lidados na arena, os touros são recolhidos vivos para os currais da praça de touros, onde se inicia um bárbaro processo de remoção das bandarilhas, que acrescenta mais sofrimento e dor aos já exaustos animais”.
“Os touros são amarrados e imobilizados para que os “emboladores” possam arrancar as bandarilhas cravadas nos animais. Como este processo decorre durante o espectáculo, não está presente nenhum médico veterinário nos curros para proceder ao arranque das farpas. Os “emboladores” utilizam uma faca, ou um pequeno canivete, para cortar a carne do animal e conseguir arrancar as farpas em forma de arpão”, garante a deputada única do partido animalista.
E acrescenta que “após este doloroso processo, os animais são mantidos nos currais até ao final do espectáculo. Mais tarde, são transportados para o matadouro onde se procede ao seu abate”.
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