AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O Município de Miranda do Douro e a AEPGA — Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino voltam a reunir esforços para organizar, no dia 5 de Setembro, o 2º Encontro Ibérico de Raças Autóctones, e no dia seguinte, dia 6, mais uma edição do Concurso Nacional da Raça Asinina de Miranda, no âmbito das festividades da Nossa Senhora do Naso, na freguesia da Póvoa, concelho de Miranda do Douro.
Uma iniciativa que conta com a orientação técnica da DGAV — Direcção Geral de Alimentação e Veterinária e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR Norte). A participação é gratuita.
“Estas festividades reúnem, todos os anos, centenas de pessoas vindas de todas as aldeias do Planalto Mirandês e, antigamente, o facto de ser um momento privilegiado de encontro motivava ainda a realização de uma grande feira que durava vários dias; um deles, o dia 6 de Setembro, estava reservado à compra e venda de burros”, refere uma nota de agenda da organização.
Esta Feira esteve desactivada durante alguns anos, até que, em 2002, a AEPGA se propôs a revitalizá-la e a fazer dela um evento-chave para a preservação, valorização e divulgação da raça asinina de Miranda, nomeadamente, nos últimos 5 anos, através da realização do Concurso Nacional da Raça Asinina de Miranda.
“Em 2023, surgiu o primeiro Encontro Ibérico de Raças Autóctones associado a este grande certame, pela urgência que sentimos de promover o diálogo, a reflexão e uma melhor conscientização e conhecimento público sobre a importância, o presente e o futuro das raças autóctones”, realça a mesma nota.
O papel das raças autóctones
Através de um programa diversificado, o Encontro procura “valorizar o papel das raças autóctones na prestação de serviços ambientais, comprovando que as mesmas devem ser conservadas quer pelo seu contributo para preservar biodiversidade, quer pela sua adaptação ao meio ambiente, pela protecção ambiental que propiciam, pela produção biológica que permitem, pelo fomento de produtos tradicionais de qualidade, ou seja, pelo papel insubstituível que desempenham no desenvolvimento rural”.
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