Alentejo impulsiona produção de amêndoa em 2023. A maior de sempre

A produção de amêndoa, no ano passado, aumentou 12% face a 2022, sendo “uma das maiores de sempre, devido essencialmente à entrada de muitos pomares em produção cruzeiro, maioritariamente no Alentejo”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas “Estatísticas Agrícolas – 2023”, publicadas hoje, 23 de Julho. Os dados são ainda provisórios.

“A colheita da amêndoa efectuou-se em boas condições, beneficiando do tempo quente e seco que promoveu a secagem”, adiantam os técnicos do INE.

Acrescentam as “Estatísticas Agrícolas – 2023”, no que diz respeito aos frutos de casca rija, que a ocorrência de precipitação significativa e persistente durante o mês de Setembro, seguida de um aumento acentuado da temperatura na primeira quinzena de Outubro (acima dos 30°C), estabeleceram as condições ideais para o desenvolvimento do fungo Mycosphaerella maculiformis (septoriose) nos castanheiros, que se expandiu para os frutos e que, em associação com o fungo Gnomoniopsis smithogilvyi, agente patogénico da podridão da castanha, provocaram níveis de ataque muito acima do económico, havendo soutos em que parte da produção não foi colhida.

“Acresce ainda a preocupação com a propagação da vespa das galhas do castanheiro (Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu), cujas árvores afectadas apresentam debilidades evidentes no crescimento dos ramos, na floração e na respectiva frutificação”, realça o documento.

E acrescenta que “a produção de castanha enfrentou assim, pelo terceiro ano consecutivo, problemas fitossanitários agravados pelas secas, com inevitáveis reflexos na qualidade e quantidade da produção global colhida, inferior em 1/3, face à média do último quinquénio. De salientar que devido à elevada percentagem de frutos infectados com o fungo da septoriose e podridão, a sua valorização foi depreciada, com parte desta produção desviada para o fabrico de rações”.

Pode ler as “Estatísticas Agrícolas – 2023” do INE aqui.

Agricultura e Mar