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Esterilização gratuita de cera de abelhas nos Açores aumenta 18% em 2023

“Desde 2022 que todos os serviços [agrários] fazem a esterilização de cera [de abelha] na Região [Autónoma dos Açores], quando antes o apicultor deixava 10% para compensar as quebras da cera no processamento de purificação e esterilização. Agora, um quilograma de cera entregue é igual a um quilograma de cera recebida”, diz o secretário Regional da Agricultura e Alimentação dos Açores, António Ventura.

“Em 2022 registaram-se 2.747,3 quilogramas de cera esterilizada enquanto em 2023 esse valor aumentou para 3.240,3 quilogramas”, frisou. Trata-se de um aumento homólogo de 18%.

O secretário Regional falava durante a visita, nesta quarta-feira, 4 de Abril, ao centro de esterilização de cera no Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Miguel, onde enalteceu o crescimento na cera esterilizada que se verificou em 2023 em relação ao ano transacto.

António Ventura sublinhou ainda que “cera produzida pelas abelhas é, a seguir à produção de mel, um dos principais produtos resultantes da produção apícola, com um enorme valor acrescentado, pelo interesse económico resultante das mais diversas utilizações, seja pelo papel essencial que representa na colmeia, para o desenvolvimento da criação, para o armazenamento e qualidade do mel e pólen, para a regulação da temperatura da colónia e na discriminação de odores da colónia”.

Por outro lado, referiu que “o processamento da cera de abelha destinada directamente à actividade apícola não pode prejudicar o desenvolvimento e a produção das colónias e ser veículo de agentes patogénicos para as abelhas, razão pela qual é imprescindível a adopção de boas práticas, que vão desde a armazenagem, passando pela fundição, decantação, purificação e, de primordial importância, a esterilização com vista à destruição de esporos, em particular da bactéria ‘Paenibacillus larvae’, conhecida por Loque Americana, que é uma doença de declaração obrigatória e que afecta irreversivelmente a criação de uma colónia”.

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