A AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal está “100% solidária com os diferentes movimentos de agricultores portugueses que decidiram manifestar-se em marchas lentas, bloqueando estradas no País num protesto que tem como objectivo denunciar os grandes problemas que afectam as suas vidas e as suas explorações”.
“De ano para ano, os agricultores portugueses vêem os seus rendimentos a diminuir, os custos dos factores de produção continuam permanentemente a subir, os apoios nacionais e da União Europeia vão diminuindo e os preços a que vendemos as nossas produções também não são os melhores, com os compradores sempre a tentar esmagar os preços, e pasme-se, nas prateleiras dos supermercados assistimos, por vezes, a margens entre 100% e 200%, penalizando a produção e os consumidores”, denuncia a AJAP em comunicado de imprensa.
Estas são “razões mais do que suficientes para o descontentamento que se vem alargando ao longo dos últimos anos, esta é uma revolta que faz todo o sentido por parte dos agricultores”. Para a AJAP, “para além da solidariedade já manifestada, lamentamos que num País, que não tem tantos recursos como isso, a agricultura não tenha uma atenção especial por parte dos governantes e partidos políticos”, acrescenta o mesmo comunicado.
E adianta que a comunicação do IFAP — Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas sobre os atrasos nos pagamentos, e nomeadamente na redução do valor a pagar para a Agricultura Biológica e Produção Integrada, foi “a pedra de toque para esta enorme revolta”.
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