O Município de Matosinhos, em 2030, quer ser um “hub de biodiversidade, uma cidade que valoriza o capital natural, reconhecendo o papel vital que este desempenha na saúde e bem-estar humanos, na resiliência climática e no desenvolvimento sustentável”.
Para concretizar este objectivo, a Câmara Municipal de Matosinhos desenvolveu a sua Estratégia de Biodiversidade, Ecossistemas & Capital Natural, que foi apresentada ontem, 30 de Outubro, e que assenta em três eixos estratégicos: salvaguarda da biodiversidade e habitats nativos; restauro ecológico; e infra-estruturas verdes e azuis.
Inspirada nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030- “Proteger a Vida Terrestre” e “Proteger a Vida Marinha” – a Estratégia de Biodiversidade, Ecossistemas & Capital Natural integra a Estratégia de biodiversidade da União Europeia para 2030 e o movimento Green City Accord, cuja adesão Matosinhos assinou há dois anos, refere uma nota de imprensa da autarquia.
O objectivo é proteger a natureza e reverter o processo de degradação dos ecossistemas, colocando a biodiversidade da Europa numa trajectória de recuperação até 2030, adianta a mesma nota da autarquia presidida pela socialista Luísa Salgueiro.
“Apenas 11,6% do território é arborizado”
“Matosinhos é um território maioritariamente urbano, com actividade agrícola em algumas partes do concelho, sendo que as manchas florestais são essencialmente constituídas por eucaliptos em pinhais e matas. Orla costeira, Rio Onda e Corredor Verde do Leça são outras áreas verdes do concelho. Apenas 11,6% do território é arborizado. O documento aposta para uma tendência de perda de capital natural que a autarquia quer inverter”, frisa a mesma nota.
Para o efeito, foram definidos 10 objectivos e metas: Restaurar o curso natural dos rios; aumentar a área florestal; trazer a natureza de volta à cidade; promover práticas agrícolas sustentáveis; recuperar solos contaminados e reduzir a impermeabilização; travar a degradação do estado de conservação de espécies e habitats; reduzir a utilização de pesticidas químicos e de fertilizantes; reverter o declínio dos polinizadores; restaurar áreas significativas de ecossistemas degradados e ricos em carbono; e reduzir o n.º de espécies críticas ameaçadas por espécies exóticas invasoras.
Pelo menos, 32 programas estão já em desenvolvimento para cumprir os objectivos definidos, garante a autarquia.
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