AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A Iniciativa Liberal da Madeira (IL Madeira) pretende “reactivar os campos agrícolas experimentais, potenciando a experimentação de novas culturas e novas técnicas, de modo a adaptar a agricultura aos tempos que vivemos”. Esta é uma das suas promessas para as eleições legislativas da Região Autónoma da Madeira de 24 de Setembro.
A IL promete ainda “remodelar com urgência a rede de Mercados Abastecedores da Madeira, especialmente o Mercado Abastecedor de São Martinho, no Funchal, cuja degradação é evidente, quer a nível das instalações (a cobertura do Mercado é de fibrocimento), quer a nível de equipamentos de frio e de carga e descarga de produtos. Mas também “dinamizar os Mercados Abastecedores localizados nos concelhos da Calheta (Prazeres), Ponta do Sol (Canhas), Porto Moniz (Santa) e Santana, para que os produtores tenham a possibilidade de serem melhor remunerados pelo seu trabalho”.
“Por uma questão de decisão política, o sector da agricultura foi abandonado pelas políticas governamentais. O pouco que resta subsiste com dinheiro da Europa, que a Secretaria da Agricultura finge ser seu”. “A diferença entre o preço de venda do agricultor e o preço pago pelo consumidor é enorme. Para melhorar os rendimentos dos agricultores, fornecendo ao consumidor uma maior e melhor escolha de produtos frescos e a preço atractivo, deverão ser reestruturados os mercados abastecedores, de modo a que esta relação produtor/consumidor passe a ser uma realidade”, pode ler-se no programa eleitoral da IL Madeira, liderada por Nuno Morna.
Assim, pretende promover o consumo de produtos hortícolas e frutícolas de produção local, “proporcionando assim o desenvolvimento da nossa agricultura, visando a sua competitividade e exportação, quando possível”, tal como “procurar aumentar o consumo de produtos agrícolas madeirenses nos refeitórios das creches, jardins-de-infância, escolas básicas e secundárias, lares e hospitais”.
E ainda “sensibilizar a hotelaria e restauração regionais para o valor dos produtos agrícolas madeirenses, que contribuem para a tão apreciada paisagem agrícola e da genuinidade dos pratos confeccionados”.
Outra das propostas da IL passa pelo “combate às pragas que assolam alguns dos nossos produtos”, pois ” tem que ser reforçado.
Fomentar o associativismo
Para a força política madeirense liderada por Nuno Morna, é ainda “importante fomentar o associativismo entre os produtores agrícolas e/ou agroindustriais, de modo a melhorar/viabilizar as actuais explorações agrícolas e, por via disso, potenciar maiores áreas de cultivo, tornando-as mais rentáveis e permitindo a profissionalização dos seus agentes”.
“O associativismo permite a partilha de meios e equipamentos, a constância, a qualidade e a permanência”, diz ainda o programa eleitoral da IL, prometendo “promover o Associativismo, como parte de uma estratégia que faça desencadear o fomento agrícola, para ajudar a combater o desordenamento e criar valor económico” além de procurar “uma estratégia de desenvolvimento que proporcione modelos de produção”.
“O associativismo tem que ser visto como tendo um papel fundamental na coesão territorial e social destes territórios, em especial aqueles mais fragilizados pelos incêndios e pelo abandono. (…) Uma produção que deve privilegiar o valor acrescentado, nomeadamente investindo na agroindústria e no aproveitamento da floresta autóctone e potenciando sinergias entre diversas entidades regionais por forma a diminuir os custos de contexto associados a pequenas produções e a custos de produção mais elevados”, acrescenta o documento.
Pode ler o programa eleitoral da IL Madeira aqui.
Agricultura e Mar
