O secretário Regional de Mar e Pescas da Madeira, Teófilo Cunha, mostrou-se, esta quarta-feira, 14 de Setembro, satisfeito com o crescimento do rendimento dos pescadores, que se tem verificado nos últimos anos. Exemplo, é o valor do chamado peixe fino – pargo, peixe-carneiro, peixe-porco, safira, entre outros – que passou de um “valor comercial praticamente irrisório para um produto bastante valorizado”.
“O peixe-porco, por exemplo, era vendido há poucos anos a um euro e meio, dois euros, e agora é comprado na lota a 9 ou 10 euros”, disse Teófilo Cunha, acrescentando que “o aumento do rendimento dos pescadores, através da valorização da pesca e dos seus produtos tem sido sempre o foco do nosso trabalho enquanto Governo”.
Esta valorização explica-se com um conjunto de factores, que “começam logo na captura do pescado e com os cuidados que são tomados pelos pescadores no manuseamento, transporte e acondicionamento do peixe, e terminam nos restaurantes, onde uma nova geração de chef’s de cozinha madeirenses tem sabido aproveitar o melhor que os nossos mares oferecem”, refere uma nota de imprensa do Executivo madeirense.
Apoio extraordinário para gasolina nas pescas
“É um trabalho conjunto, cujo papel principal é feito pelos pescadores, mas que é ilustrativo da importância transversal que a pesca tem para a economia madeirense”, destacou Teófilo Cunha, que falava à margem da assinatura de um conjunto de contratos-programa com pescadores, que receberam, pelo segundo ano consecutivo, um apoio extraordinário para a gasolina.
São cerca de 28 profissionais da pesca que vão receber perto de 30 mil euros. “Uma medida pioneira deste Governo Regional”, que constava do programa eleitoral, e que passou por alargar o apoio já existente há vários anos para as embarcações de pesca profissional com motor a diesel, às embarcações profissionais que utilizam gasolina comum.
“Um dos compromissos deste Governo foi apoiar o combustível das embarcações de pesca profissional, mesmo aquelas com motores a gasolina”, enquadra o secretário Regional de Mar e Pescas, explicando que esta medida traz mais justiça e competitividade ao sector. “É uma questão de equidade, pois entendemos que o tipo de combustível utilizado pelas embarcações de pesca não pode ser um entrave aos apoios à actividade”, considerou Teófilo Cunha.
Este apoio começou a ser pago no ano passado e é calculado através de uma fórmula que considera o número e a quantidade de descargas e o valor do peixe capturado. No total, somando os apoios dados à gasolina (30 mil euros desde 2022) com os dirigidos ao gasóleo (225 mil euros anuais), desde o início do mandato o Governo Regional já comparticipou com 900 mil euros os gastos da frota pesqueira regional com combustível e energia, adianta a mesma nota.
Uma verba que foi complementada com mais 347 mil euros, pagos este ano, mas referentes a 2022, como apoio extraordinário do Executivo, para compensar o sector pelos custos adicionais de energia causados pela guerra na Ucrânia.
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