O engenheiro agrónomo João Coimbra, maior produtor de milho nacional, vai ser o representante da produção de cereais na AgroGlobal 2023, a maior feira agrícola ibérica dedicada aos profissionais, que se realiza de 5 a 7 de Setembro. O novo ponto de encontro será no CNEMA — Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém.
João Coimbra é filho, neto e bisneto de agricultores, responsável por várias propriedades da família, como a Quinta da Cholda, localizada na freguesia da Azinhaga, Golegã, onde começou a introduzir há cerca de duas décadas a chamada agricultura de precisão.
Rodeada de campos de milho a perder de vista, uma cultura que exige calor e água, a Quinta da Cholda, situada no distrito de Santarém, consegue actualmente ter reduções de 30% a 50% no uso de água nos 600 hectares da produção, comparando com o período em que usava a rega por gravidade.
A maior referência agrícola do País
Para João Coimbra, que faz também parte dos órgãos sociais da Anpromis — Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo, “a AgroGlobal é para nós a maior referência agrícola do País. Foi sempre uma feira de referência, começou por ser uma feira para nós, produtores de cereais, a feira do milho, e por isso é com muito carinho que temos sempre abraçado esta feira e tentado que ela fosse aquilo que precisamos como produtores”.
“A AgroGlobal tem-nos dado nos últimos anos uma grande força para perceber que temos muita tecnologia à nossa disposição, conseguimos encontrar ali os agentes que nos ajudam a perceber para onde é que vão as tendências, como é que vamos desenvolver os negócios. Esta feira, é fundamental que continue com esta força e com a pujança que teve nos últimos eventos”, acrescenta o agricultor, em entrevista à organização da AgroGlobal.
E realça que “a AgroGlobal é muito acarinhada no seu local de origem (…) gostamos sempre do local de origem. Mas tentou-se agora criar condições para termos o melhor dos dois mundos. Um acesso mais eficaz, uma segurança melhor para todo o ambiente da feira e ao mesmo tempo temos o campo onde as máquinas podem desenvolver o seu serviço, com uma situação em termos de qualidade das infra-estruturas que podem dar ao visitante uma melhor resposta”.
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