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Pregado lidera aquacultura portuguesa com 44,7% da produção de pescado. Dourada cresce 75%

A produção de peixes em águas de transição e marinhas continua a ser liderada pelo pregado, com uma produção em aquacultura de 3.538 toneladas em 2021, um crescimento de 3,9% face ao ano anterior. No entanto, a dourada está a ganhar terreno, tendo a produção atingido, no mesmo ano em análise, 3.091 toneladas (+74,8%), reforçando o seu peso na estrutura de produção dos peixes marinhos em 10,7 pontos percentuais (p.p.).

Os valores são revelados no anuário “Estatísticas da Pesca 2022”, elaborado pelo INE — Instituto Nacional de Estatística e a DGRM — Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, que não apresenta ainda dados de 2022 para a aquacultura nacional.

Em 2021, a produção aquícola total em Portugal foi de 17.900 toneladas, resultado que traduz um aumento de 5,3%, face a 2020. As vendas geraram uma receita de 162,8 milhões de euros (100 milhões de euros em 2020), ou seja, um acréscimo de 62,9%, tendo as quantidades vendidas registado um aumento de 35,4%.

O total das vendas (18.486 toneladas) ultrapassou em 3,3% a produção nacional do ano em análise (80% em 2020), situação que resulta do escoamento da produção de 2020, que não foi transaccionada nesse ano, explica o documento.

E adianta que a estrutura da aquicultura em Portugal mostra que a produção em águas de transição e marinhas (17.032 toneladas em 2021) é preponderante, tendo correspondido a 95,2% da produção total.

Aquicultura em águas interiores é intensiva

Relativamente aos regimes de exploração, a produção de aquicultura em águas interiores (868 toneladas) manteve-se exclusivamente intensiva. Na aquicultura praticada em águas marinhas e de transição, apesar do regime extensivo ter registado 52,6% do total desta produção aquícola em 2021, viu o seu peso diminuir (60,8% em 2020), tendo os regimes intensivo (38,2%) e semi-intensivo (9,2%) apresentado reforços face ao ano anterior de 5,6 p.p. e 2,6 p.p., respectivamente.

A produção de peixes em águas de transição e marinhas (7.912 toneladas) aumentou 27% em 2021, tendo representado 44,2% da produção total, face a 36,7% em 2020. Registaram-se aumentos em espécies como a dourada (+74,8%), que, com 3.091 toneladas produzidas, reforçou o seu peso na estrutura de produção dos peixes marinhos em 10,7 pontos percentuais (p.p.), face ao ano anterior. Cresceu também a produção de pregado (+3,9%), com 3.538 toneladas e de robalo (+5,5%), que atingiu as 954 toneladas.

Moluscos com queda de 7,5%

Pelo contrário, a produção de moluscos em aquicultura (9.120 toneladas) diminuiu 7,5%, tendo representado 50,9% da produção aquícola total, face a 58% em 2020. Em 2021, as amêijoas, cuja produção (3.585 toneladas) foi inferior em 2,0%, foram a espécie mais relevante.

Seguiram-se os mexilhões que, com 3.044 toneladas produzidas (+51,7% face a 2020), relegaram para terceiro lugar as ostras (2.293 toneladas), que viram a sua produção decrescer 40,2% face ao ano anterior.

A produção em águas interiores contabilizou 4,8% do total, tendo sido inferior à de 2020 em 4,1%, com 868 toneladas, constituídas quase exclusivamente por trutas, acrescenta o documento.

1.252 estabelecimentos licenciados

No final de 2021, existiam 1.252 estabelecimentos licenciados em aquicultura para águas interiores, marinhas e de transição, menos 20 unidades do que em 2020, balanço gerado pela redução de 14 tanques e 9 viveiros, contraposto pelo licenciamento de 3 flutuantes adicionais. O número de unidades de reprodução manteve-se face ao ano anterior.

Em termos de área total licenciada, registou-se um aumento de 19,5%, que resultou num acréscimo da dimensão média em cerca de 21%, atingindo 2,40 hectares por estabelecimento aquícola (1,98 hectares em 2020).

O anuário “Estatísticas da Pesca 2022” é composto por nove capítulos temáticos, tendo em cada um deles sido incorporada a análise de resultados e os respectivos dados.

Consulte o relatório completo aqui.

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