O Dia Internacional da Luta Camponesa e a CNA – Confederação Nacional da Agricultura e as suas filiadas vão dar início a uma Jornada de Contacto com a População, em diversos locais e regiões do País, a “reclamar preços justos para quem produz, alimentos de qualidade e acessíveis à população e contra a “ditadura” da grande distribuição”.
O 17 de Abril – assinalado desde 1996 pela Via Campesina e suas organizações-membro – é um “dia de afirmação da luta em defesa dos direitos dos pequenos e médios agricultores e da Agricultura Familiar, de denúncia das dificuldades impostas aos agricultores e de apresentação de propostas concretas para as ultrapassar”, refere a CNA em comunicado.
E adianta que desde a sua fundação, há 45 anos, que uma das “lutas centrais da CNA e filiadas passa pela reclamação de preços justos à produção, como forma de garantir uma vida digna para quem trabalha a terra, a vitalidade dos territórios rurais, alimentos saudáveis e acessíveis para todos e a Soberania Alimentar do País”.
No seguimento de “crises acumuladas e de políticas desadequadas, as dificuldades dos agricultores agravaram-se e a garantia de preços justos está longe de se alcançar. A especulação com o preço dos alimentos (e factores de produção) empobreceu os agricultores e os consumidores, mas as grandes empresas de distribuição, de energia, de fertilizantes, entre outras, engrossaram os seus lucros”, salienta a Confederação.
Neste contexto, a partir de segunda-feira, 17 de Abril, a CNA e filiadas estarão na rua a contactar a população, “com propostas concretas e a afirmar que, havendo vontade política, é possível criar condições para escoamento da produção nacional a preços justos para agricultores e consumidores”.
Em Coimbra, a CNA estará com a sua filiada Adaco – Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, na Avenida Fernão de Magalhães, com encontro marcado para as 11 horas, onde existem diversos hipermercados, a distribuir um folheto à população, numa acção de sensibilização para a “importância de defender os modelos de produção e consumo sustentáveis, baseados na Agricultura Familiar e na Soberania Alimentar”.
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