A Comissão Europeia apresentou, no passado dia 25 de Janeiro, um “Novo Pacto para os Polinizadores” que visa “combater o declínio alarmante dos insectos polinizadores selvagens na Europa” e tem por base uma revisão da iniciativa da União Europeia (UE) relativa aos polinizadores de 2018.
Para a Comissão, em comunicado, “o declínio dos polinizadores constitui uma ameaça tanto para o bem-estar humano como para a natureza. A sua perda compromete a produtividade agrícola a longo prazo, agravando ainda mais uma tendência influenciada por outros factores, nomeadamente a actual situação geopolítica com a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”.
“Os cidadãos têm vindo a apelar cada vez mais à adopção de medidas decisivas contra a perda de polinizadores, nomeadamente através da bem-sucedida iniciativa de cidadania europeia ‘Salvar as abelhas e os agricultores’ e a iniciativa revista define as medidas a adoptar pela UE e pelos Estados-membros para inverter o declínio dos polinizadores até 2030”, refere uma nota de imprensa da Comissão Europeia.
E adianta que hoje em dia, na UE, “uma em cada três abelhas, borboletas e espécies de sirfídeos estão em vias de desaparecimento”.
O “Novo Pacto para os Polinizadores” complementa a proposta da Comissão, de Junho de 2022, relativa à criação de um Regulamento Restauração da Natureza e faz parte integrante da Estratégia de Biodiversidade 2030 e do Pacto Ecológico Europeu.
E tem como uma das prioridades melhorar os conhecimentos acerca do declínio dos polinizadores, das suas causas e das suas consequências. “As acções destinadas a ajudar os polinizadores devem assentar em dados científicos sólidos. Desde 2018, tem havido progressos significativos na recolha de conhecimentos exequíveis para a conservação dos polinizadores, mas subsistem lacunas de conhecimento significativas. São necessários esforços suplementares para criar um sistema de monitorização sólido para os polinizadores, à escala da UE, para realizar avaliações críticas e análises espaciais e para promover actividades específicas de investigação e inovação”, realça a Comissão.
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