O ministro das Infra-estruturas, João Galamba, que acaba de substituir Pedro Nuno Santos no cargo, reuniu-se hoje, 9 de Janeiro, com o SNTAP – Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias e conseguiu desconvocar a greve iniciada em 22 de Dezembro passado e que deveria prolongar-se até 30 de Janeiro.
Segundo o presidente da direcção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias, Serafim Gomes, a greve foi desconvocada devido à “abertura ao diálogo” manifestada pelo ministro das Infra-estruturas.
“Decidimos desconvocar a greve. Começámos por emitir o pré-aviso de greve exactamente pela ausência de diálogo e o senhor ministro mostrou-se abertíssimo ao diálogo, um diálogo aberto, franco, e mostrou grande disponibilidade para projectos para dar aos portos a importância que eles verdadeiramente têm”, afirmou Serafim Gomes em declarações à Lusa no final da reunião com João Galamba.
Concretamente, o sindicato entendeu que o ministro “precisa de algum tempo para levar por diante as suas ideias”, pelo que decidiu “dar-lhe um voto de confiança” e um prazo de três meses para avaliar os projectos que tem para o sector e que “envolverão, também, a resolução dos problemas em cima da mesa relativamente aos trabalhadores”.
Ainda sobre esta greve, a FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, que tem estado em contacto com o Governo, publicou um comunicado que vem alertar para a grave situação que a greve dos trabalhadores das administrações portuárias estava a causar às empresas do sector agroalimentar, apelando às partes envolvidas para que cheguem rapidamente a uma solução para este conflito laboral.
A manter-se, “a greve dos trabalhadores das administrações portuárias coloca em causa o normal funcionamento da indústria agroalimentar, sector para o qual os portos do continente, Madeira e Açores são porta de entrada de matérias-primas no País. De igual modo, compromete a exportação de bens e o cumprimento de prazos de entrega de encomendas, situação que coloca em causa relações futuras com o exterior”, frisava a Federação, no passado dia 29 de Dezembro, realçando que “o risco de ruptura no abastecimento de algumas matérias-primas para alimentação é já uma realidade.
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