O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) considera que “o Aeroporto de Beja é um elemento decisivo na promoção da coesão territorial, com repercussões ao nível da riqueza e do emprego que gera” e que “a melhoria da rede ferroviária e viária é fundamental para a região e deve ser concretizada o mais rapidamente possível”.
E acrescenta que “o desenvolvimento do Aeroporto de Beja não é contraditório antes compatível com a construção faseada do novo Aeroporto de Lisboa no Campo de tiro de Alcochete e o progressivo desmantelamento do Aeroporto da Portela. Opção que torna ainda mais necessária a recuperação do controlo público da gestão dos aeroportos nacionais”.
“Quem tem responsabilidade governativas não pode continuar a permitir que o investimento público, promotor do desenvolvimento, continue a ser adiado por falta de vontade política para o concretizar”, dizem os deputados comunistas no seu Projecto de Resolução 308/XV/1, onde recomenda ao Governo que “valorize o Aeroporto de Beja no âmbito do sistema aeroportuário nacional, aproveitando todos os seus recursos e potencialidades”.
Assim, o Grupo Parlamentar do PCP recomenda ao Governo que “mobilize os recursos financeiros necessários, aproveitando o Plano de Recuperação e Resiliência, o novo Quadro Financeiro Plurianual, ou ainda pela utilização de verbas do Orçamento de Estado; crie uma intermodalidade de serviços e transportes, conjugando as valências rodoviária, ferroviária e aérea, para tal: proceda à modernização e electrificação de toda a Linha do Alentejo, na ligação entre casa Branca – Ourique/Funcheira, incluindo a ligação ao Aeroporto de Beja”.
Coesão territorial
Adianta o Projecto de Resolução do PCP que o Aeroporto de Beja “é um elemento decisivo na promoção da coesão territorial, com repercussões ao nível da riqueza e do emprego que gera e que pelas suas características, pelas condições de que dispõe, pela sua localização numa posição geoestratégica entre Lisboa e o Algarve, assume no actual quadro uma importância estratégica para o País, para a região, podendo ser uma das importantes alavancas para o seu desenvolvimento”.
“O que na verdade impede o aproveitamento do Aeroporto de Beja é a total ausência de vontade política para a sua utilização a que não é alheio o processo que, entretanto, decorreu de privatização da ANA que entregou nas mãos da multinacional francesa – Vinci Airports – a gestão da rede de aeroportos com base nos critérios do lucro e não do desenvolvimento do país e do território”, realça o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português.
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