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Suinicultores: linha de actuação política do Governo “apouca, ofende e reduz à mínima expressão a agricultura e os agricultores”

As manifestações de organizações de agricultores e da agropecuária contra a extinção das Direcções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP), até Março de 2024, anunciada pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, não param. Seja através de comunicados ou de cartas abertas. Curiosamente, os agricultores dirigem as suas preocupações não à ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, — que acusam de falta de peso político no Governo — mas sim ao primeiro-ministro, António Costa.

Nesta chuva de críticas ao fim das Direcções Regionais de Agricultura e Pescas, ontem foi a vez da FPAS — Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores endereçar uma carta aberta ao primeiro-ministro, em tom bastante duro, na qual refere que “não pode deixar de discordar desta linha de actuação política que apouca, ofende e reduz à mínima expressão a agricultura e os agricultores portugueses“.

E apela ao primeiro-ministro que “esta resolução seja revertida a bem do País, da economia nacional e dos consumidores portugueses”.

Adianta a carta endereçada a António Costa que a Federação não pode deixar de “manifestar a sua preocupação face a esta resolução que resultará no ainda maior isolamento dos agricultores e produtores pecuários, no abandono da actividade primária, no afastamento do Ministério da Agricultura ao território e na incapacitação das fileiras agropecuárias”.

A Federação considera que “esta é mais uma medida que visa o desmantelamento do Ministério da Agricultura, ignorando ser esta a única área de governação da qual dependem 100% dos portugueses”.

“Em tempos de campanha eleitoral ouvimos o V/Exª referir que “é preciso alimentar o gado, é preciso acarinhar o gado, é preciso tratar bem o gado” e a tomar como lema “não deixar ninguém para trás”. Pois, é com consternação que vemos agora o Governo de V/Exª deixar para trás o gado e quem trata do gado”, frisam os suinicultores portugueses.

Frisa ainda a mesma carta aberta que “a agricultura foi dos poucos sectores que não parou durante a pandemia, continuando a produzir bens de primeira necessidade para que os portugueses pudessem ficar protegidos na segurança dos seus lares”.

“No momento presente a agricultura vive tempos de grande indefinição causada pela seca e pela guerra na Ucrânia e é neste preciso momento que o Governo de Portugal decide extinguir organismos regionais de importância nuclear para o desenvolvimento rural aumentando o grau de instabilidade das milhares de empresas agrícolas, agricultores e produtores pecuários do País”, pode ler-se na mesma carta.

Agricultura e Mar

 
       
   
 

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