O volume de capturas de pescado em Portugal em Julho de 2022 diminuiu 8,0% (+18,7% em Junho), justificado pela menor captura de peixes marinhos (nomeadamente biqueirão, carapau e sardinha), refere o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2022, do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Às 15.602 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 35.137 mil euros, valor que representou um aumento de 7,0% (+13,3% em Junho).
Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 1.929 toneladas de pescado, ou seja, um acréscimo de 12,8% (+45,7% em Junho), sobretudo consequência da maior captura de atuns. Pelo contrário, as 494 toneladas da Região Autónoma da Madeira representaram um ligeiro decréscimo de 0,7% (-9,5% em Junho), especialmente devido ao menor volume de captura de atuns, carapau e cavala.
Acrescenta o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2022 que o volume de peixes marinhos capturados a nível nacional foi de 14.081 toneladas e teve uma diminuição de 9,4% (+20,7% em Junho). Para esta situação contribuiu sobretudo o menor volume de carapau (-14,7%), que não ultrapassou as 2.246 toneladas, sardinha (-12,1%), com 3.940 toneladas e de biqueirão (-97,7%), com apenas 22 toneladas capturadas.
Em contrapartida, houve uma maior captura de tunídeos (+11,5%), com 1.666 toneladas, peixe-espada (+5,9%), com 397 toneladas e cavala (+1,6%), com 3 949 toneladas capturadas.
O volume de crustáceos (200 toneladas) teve um acréscimo de 17,8%, devido principalmente ao maior volume de gamba branca, perceve, lagostim e camarões. Para os moluscos, as 1.320 toneladas capturadas representaram igualmente um aumento (+5,8%), sendo de destacar o maior volume de polvo, pota, lulas, ameijoas e mexilhão.
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