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INE espera quebra de produção de 40% na pêra e 25% no pêssego

As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Agosto, apontam para quebras na produção das fruteiras. A produtividade das pomóideas deverá decrescer 15% na maçã e 40% na pêra.

Nas prunóideas, a produção de pêssego decresceu para as 32 mil toneladas, o que corresponde a menos 25%, face à campanha anterior, refere o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2022 do INE.

A colheita da pêra Rocha iniciou-se na região do Oeste em meados de Agosto e irá decorrer até à primeira semana de Setembro. As condições meteorológicas adversas e a estenfiliose afectaram a produção de pêra, devendo a quebra rondar os 40%, face à campanha anterior.

Já a colheita de maçã das variedades mais precoces, nomeadamente do grupo Gala, iniciou-se na primeira semana de Agosto e encontra-se concluída. Nesta variedade o decréscimo de produção foi de cerca de 20%, apresentando os frutos boa qualidade, quer em calibre, quer em grau Brix.

Para esta quebra, diz o INE, contribuíram os fenómenos de escaldão e cozedura dos frutos, causados pela onda de calor de Julho, que afectaram também as maçãs do grupo Golden. Para os restantes grupos de variedades de maçãs (Granny, Fuji e Reinetas), as primeiras colheitas apontam para uma produção idêntica à da campanha passada, pelo que globalmente se prevê uma quebra de 15%.

Amêndoa

E acrescenta que, nos amendoais, a manutenção da produtividade ficou a dever-se aos pomares com três a quatro anos de instalação que entraram em produção, bem como aos pomares instalados há mais tempo, que atingiram a produção cruzeiro, compensando assim as quebras registadas em Trás-os-Montes, que rondaram os 25%.

Também para o kiwi o INE prevê um rendimento unitário inferior ao alcançado na campanha passada (-10%). Relativamente à vinha para vinho estima uma redução de 20% na produtividade, face à vindima anterior.

Já nas culturas anuais, os técnicos do INE destacam a produção historicamente baixa de batata, correspondendo as 281 mil toneladas estimadas à menor produção desde 1928.

Em contrapartida, a campanha das culturas arvenses de regadio, apesar da seca e das altas temperaturas, tem decorrido com relativa normalidade, prevendo-se a manutenção da produtividade do arroz e um ligeiro decréscimo de 5% no milho e no tomate para indústria.

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