O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, anunciou hoje, 2 de Agosto, a criação de um programa, aproveitando o próximo Quadro Comunitário de Apoio, para acelerar a modernização da produção agrícola na Região. Porque, frisa, o “investimento na agricultura é prioritário e essencial” para a Região.
Isto “em consonância com os produtores agrícolas e tendo em vista a formação que é dada na Escola Agrícola da Madeira”.
Miguel Albuquerque esteve hoje, em cerimónia que decorreu no auditório da Secretaria Regional da Agricultura, na primeira entrega de prémios PRODERAM após a pandemia, que movimentaram ajudas na ordem dos 607 mil euros a 131 investimentos de pequena dimensão em explorações agrícolas e dois auxílios ao arranque da actividade para os jovens agricultores.
Falando para os produtores agrícolas presentes na sala – onde também se encontrava o secretário Regional da Agricultura – o líder madeirense colocou o foco na importância dos apoios hoje concedidos, que se destinam, no essencial, a facilitar a vida dos agricultores e a melhorar a sua produção, diminuindo ainda os custos.
“Grande parte dos apoios de hoje tratam-se de pequenos apoios, que visam introduzir mecanização, sistema de rega, vedações, armazéns, tanques. Tudo isto significa diminuição dos custos de produção”, disse, recordando que “a questão da auto-suficiência alimentar está na ordem do dia”.
Na Madeira, assume o governante, “nunca poderemos ser auto-suficientes na produção alimentar”, mas devemos “fazer todos os possíveis no sentido de garantir que possamos produzir o máximo de bens e de produtos aqui na Madeira”.
Modernização
Para que isso aconteça, preconiza, “é muito importante que as novas gerações tenham a possibilidade de modernizar a estrutura produtiva agrícola, tenham formação e, sobretudo, introduzam os factores de modernidade nas suas produções, porque isso aumenta, em muito, a produtividade, diminui os custos, diminui a força de trabalho necessária para a produção”.
No seguimento da conversa, o presidente madeirense recordou um projecto em curso no Centro Experimental de Banana, no Lugar de Baixo: “nós estamos a monitorizar e a tentar patentear um mecanismo tipo teleférico, que será no futuro distribuído aos produtores de banana, para facilitar a movimentação dos cachos de banana. Porque no futuro pouca ou nenhuma gente estará disposta a acartar cachos de banana às costas, nas nossas ravinas”.
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