O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, elogiou ontem, 22 de Julho, a “tenacidade” dos trabalhadores da conserveira Santa Catarina, anunciando ainda que a consignação da fábrica acontecerá a 2 de Agosto.
Em Maio, e na sequência da decisão de adjudicação da exploração da fábrica de Santa Catarina ao agrupamento constituído por Rogério Veiros e Freitasmar – Produtos Alimentares, foi assinado o contrato de exploração da fábrica de Santa Catarina entre a Lotaçor, S.A., a sua subsidiária Santa Catarina, e a SCA – Sociedade Conserveira Açoriana – empresa constituída pelo agrupamento vencedor para a exploração da actividade fabril.
A execução do contrato pressupõe o pagamento de um montante não inferior a sete milhões de euros repartidos por 10 rendas anuais e opção de compra, que poderá ser superior em função dos resultados de exploração obtidos.
“A 2 de Agosto, volto aqui para falar do futuro. Será feita a consignação da exploração. Vamos estar atentos à concessão, necessária para garantir uma melhoria de gestão, devido à herança que este governo herdou”, sublinhou o governante.
José Manuel Bolieiro falava na fábrica da conserveira, na Calheta, em São Jorge, naquele que foi o último ponto do terceiro dia de visita estatutária do Governo dos Açores à ilha. “A resposta” do Governo perante a herança financeira da empresa “foi estar ao lado dos trabalhadores, para manter os empregos e a marca”.
“Não estamos indiferentes à vossa vida, estamos solidários com o vosso futuro”, observou, dirigindo-se a cerca de uma centena de trabalhadores presentes na fábrica.
Investimentos na modernização da fábrica
O contrato assinado prevê ainda a realização de investimentos na modernização da fábrica e permite corrigir a desvantagem competitiva decorrente do facto de a exploração pública da Santa Catarina ter inviabilizado, durante todos estes anos, o seu acesso aos fundos comunitários destinados ao investimento.
A solução agora implementada abre também o caminho para o saneamento financeiro da Lotaçor, reconhecendo e assumindo de forma transparente as perdas acumuladas com a exploração pública deficitária da fábrica, cuja permanência nas contas da sociedade-mãe condicionou o seu equilíbrio económico-financeiro e implicou recurso ao sobre-endividamento, refere o Executivo açoriano em nota de imprensa.
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