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Governo vai declarar situação de alerta devido a risco de incêndio rural

“O Governo irá accionar a declaração de alerta para limitar todas as acções que possam pôr em risco as populações e criar todas as condições que permitam garantir a mobilização dos recursos necessários e indispensáveis para o esforço que os próximos dias irão exigir”, disse o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

A declaração foi feita após a reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), estando presentes também o ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, e a secretária de Estado da Protecção Civil, Patrícia Gaspar.

Segundo a informação apresentada no briefing, nos próximos dias existirá um elevado grau de severidade meteorológica, em que os níveis de humidade vão estar muito baixos, as temperaturas muito altas, estando a vegetação muito seca.

O ministro acrescentou que vão ser dias “muito exigentes e preocupantes” no que toca ao risco de incêndio rural.

José Luís Carneiro sublinhou que “a determinação da situação de alerta deve ser sempre adequada e proporcional aos indicadores que estão disponíveis, o que corresponde a uma resposta graduada e será adoptada pelo tempo considerado necessário às circunstâncias que sejam determinadas”.

Tolerância zero ao uso do fogo

O ministro alertou para que a população evite comportamentos negligentes e sublinhou que “a tolerância é zero relativamente ao uso do fogo”, relembrando que “qualquer ignição pode rapidamente transformar-se num incêndio de grandes proporções”.

José Luís Carneiro garantiu que “Portugal está melhor preparado para o combate aos incêndios rurais” do que em 2017, destacando o reforço dos meios de combate e de natureza preventiva.

Segundo o Executivo, encontra-se “mobilizado e em prontidão” um Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) “robusto e reforçado face a 2021”. Estão preparados 12.917 operacionais (mais 859 do que em 2021), 3.062 equipas (mais 267 do que em 2021) e 2.833 veículos (mais 177 do que em 2021), bem como 60 meios aéreos.

O DECIR representa um investimento global de 32 milhões e 451 mil euros, a que se somam 20 milhões, nesta fase crítica, para os meios aéreos, que estão sob a responsabilidade da Força Aérea.

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