A produção de peixes em águas de transição e marinhas (6.232 toneladas) diminuiu 6,4% em 2020, tendo representado 36,7% da produção total de aquacultura, face a 46,4% em 2019. Pelo contrário, a produção de moluscos em aquacultura (9.863 toneladas) aumentou 47,5%, tendo representado 58% da produção aquícola total, face a 46,6% em 2019.
Revela o Instituto Nacional de Estatística (INE), na sua publicação “Estatísticas da Pesca – 2021”, que em 2020 as ostras foram a espécie mais relevante, pois com 3.838 toneladas, mais do dobro da produção de 2019, relegaram para segundo lugar as amêijoas, cuja produção (3.659 toneladas) foi superior em 11,7%. Seguiram-se os mexilhões (2.007 toneladas), com um aumento de 37,7%.
Segundo os técnicos do INE, a produção em águas interiores contabilizou apenas 5,3% do total, tendo sido inferior à de 2019 em 4,7%, com 905 toneladas, constituídas quase exclusivamente por trutas.
No final de 2020 existiam 1.272 estabelecimentos licenciados em aquicultura para águas interiores, marinhas e de transição, mais 7 unidades do que em 2019, balanço gerado pelo licenciamento de 37 viveiros e uma unidade de reprodução, contraposto com a redução de 21 tanques e 10 flutuantes.
Em termos de área total licenciada, registou-se uma redução de 48,2%, que resultou num decréscimo da dimensão média em cerca de 49%, não ultrapassando os 1,98 hectares por estabelecimento aquícola (3,84 hectares em 2019).
Produção de 16.999 toneladas
Em 2020 a produção aquícola total em Portugal foi de 16.999 toneladas, resultado que traduz um aumento de 18,6%, face a 2019. As vendas geraram uma receita de 99,9 milhões de euros (118,5 milhões de euros em 2019), ou seja, um decréscimo de 15,6%, tendo as quantidades vendidas registado um aumento de 6,0%. O total das vendas (13.648 toneladas) representou cerca de 80% da produção nacional (90% em 2019).
A estrutura da aquicultura em Portugal mostra que a produção em águas de transição e marinhas (16.095 toneladas em 2020) é preponderante, correspondendo a 94,7% da produção total.
Relativamente aos regimes de exploração, a produção de aquicultura em águas interiores (905 toneladas) manteve-se exclusivamente intensiva. Na aquicultura praticada em águas marinhas e de transição, o regime extensivo apresentou um reforço significativo de 10,2 p.p., registando 60,8% do total desta produção aquícola em 2020 (50,5% em 2019).
Pode ler a publicação “Estatísticas da Pesca – 2021” aqui.
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