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CNA exige um Ministério da Agricultura que abranja as áreas da Floresta e do Desenvolvimento Rural

A CNA – Confederação Nacional da Agricultura considera que “perante as dificuldades crescentes que afectam o sector agrícola”, é “imprescindível o reforço do Ministério da Agricultura, de forma a defender os rendimentos dos agricultores e da Agricultura Familiar e a garantir o acesso dos cidadãos a uma alimentação de qualidade”.

E realça que “uma resposta eficaz só é possível com um Ministério da Agricultura reforçado, que abranja as áreas da Floresta e do Desenvolvimento Rural, e com competências, meios e recursos humanos necessários para apoiar o trabalho e a gestão das explorações agrícolas familiares em todo o território nacional”.

Defende assim a direcção da CNA “um Ministério da Agricultura com peso político e institucional, com estruturas técnicas e serviços de apoio ao desenvolvimento do sector, próximo dos agricultores e das suas organizações”.

Políticas anteriores agravaram problemas do sector

Em comunicado, a Confederação refere que “as políticas nacionais dos anteriores Governos e as da UE [União Europeia] têm provocado o agravamento dos problemas no sector e levado à eliminação de milhares explorações agrícolas, sobretudo da Agricultura Familiar”.

Por outro lado, diz que “Portugal precisa de outras e melhores políticas agro-rurais, que defendam a produção agrícola e florestal nacional, enquanto sector estratégico e garante de soberania. Políticas essas que a CNA elencou num conjunto de 10 medidas para a Agricultura Familiar e o Mundo Rural que considera prioritárias para a nova legislatura”.

CNA: para pôr em prática essas políticas, o novo Governo tem de contar com um Ministério da Agricultura, da Floresta e do Desenvolvimento Rural reforçado, fazendo jus à importância estratégica do sector

Explica o comunicado da CNA que “os enormes aumentos dos custos dos factores de produção, os abusos da grande distribuição alimentar e da indústria da madeira que pressionam em baixa os preços pagos aos agricultores e produtores florestais, o envelhecimento do tecido agrícola e a desertificação humana das zonas rurais, a que agora se somam dificuldades devido à seca, são problemas que é urgente resolver”.

“A situação dos produtores de leite e dos produtores pecuários, designadamente de suínos, é, a todos os títulos, exemplificativa e muito preocupante, a exigir medidas imediatas”, acrescenta a CNA, frisando que “ao mesmo tempo, as grandes implicações da PAC na agricultura nacional e na vida dos agricultores também recomendam uma presença nacional especificamente clara e forte no contexto da PAC [Política Agrícola Comum] e da União Europeia”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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